A Stora Enso disse, por meio da assessoria de imprensa, que cumpre a legislação brasileira e que não cometeu irregularidades no país. A multinacional finlandesa nega que a empresa Azenglever seja laranja, como acusam os movimentos sociais e como suspeita o Ministério Público Federal.
Segundo a Stora Enso, a criação da Azenglever era necessária por uma "questão jurídica" e para viabilizar a compra de terras no Rio Grande do Sul. Os europeus dizem que comunicaram o governo sobre a medida tomada e que "nada foi feito às escondidas".
Conforme a Stora Enso, toda a documentação relacionada à fazenda em Rosário do Sul foi encaminhada ao Incra há mais de dois anos. O órgão, segundo a multinacional, ainda analisa os documentos.
A empresa também argumentou que vem gerando empregos no Estado. Disse que hoje trabalham na fazenda invadida 150 funcionários e que antes da aquisição, quando a área era voltada para a agropecuária, eram apenas três trabalhadores.
A Stora Enso tem 46 mil hectares no Estado, sendo mais de 9.000 hectares cultivados. A previsão é que mais 10 mil hectares sejam plantados em 2008.
Cerca de 40% da fazenda invadida é destinada ao plantio de eucaliptos. Segundo a empresa, há a possibilidade de ser construída uma fábrica de celulose que usaria a matéria-prima da fazenda.
(Folha de S. Paulo /
Celulose Online, 05/03/2008)