Tipo de trabalho: Tese de Doutorado
Instituição: Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp/SP)
Áno: 2008
Autora: Eleonilce Rosa Rossi Gerolin
Resumo:
A ocorrência de compostos chamados de disruptores endócrinos potencial em efluente de ETE, água de superfície em concentrações de risco para animais silvestres, tem sido uma área de pesquisa é de muito interesse devido a probabilidade de que esses micropoluentes possam sobreviver ao processo de tratamento nas ETA. O presente trabalho avaliou ocorrência de estrógenos natural estrona(E1), 17β Estradiol(E2),Estriol (E3), o estrógeno sintétido 17α Etinilestradiol(EE2) e o Nonilfenol (NP) em água de abastecimento público da cidade de Campinas e Sumaré. Para isso coletou-se água bruta na entrada da captação e água tratada nas ETA 3 e 4 de de Campinas e ETA II de Sumaré num período de três semanas. Os procedimentos analíticos empregados foram extração em fase sólida e análise por cromatografia de alta eficiência e espectrometria de massa (CLAE-EM/EM). A média dos resultados obtidos para água tratada de Campinas e Sumaré foram respectivamente de 0.03 e 0.06 ng/L de E1, 0.93 e 1.32 de E2 ng/L, 0.70 e 0.72ng/L E3, 91.2 e 154 ng/L de EE2 e 6.14 e 4 ng/L de NP e revelam que o processo de tratamento utilizados pela SANASA (Campinas) remove em média ≥ 80% dos DE em estudo, com exceção de EE2 que foi de 38% e o DAE ( Sumaré) remove 80% de E1 e E2, 60% de E3 e NP e 41% de EE2. Entretanto não se avaliou os prováveis bioprodutos formados pela cloração e que possuem alto potencial estrogênico. A presença de DE detectada em água tratada, ainda que em pequenas concentrações, pode ter atividade estrogênica, haja visto que estrógenos naturais e sintéticos no ambiente pode exercer efeitos em concentrações muito baixas (1ng/L ). A possibilidade destes DE afetar a saúde humana através de efeitos da exposição crônica é de grande relevância e medidas preventivas como uso de carvão ativado para removê-los devem ser adotadas nas ETA.