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agricultura familiar biodiesel
2008-03-06
Matéria-prima para usinas instaladas no estado é garantida pelas agroindústrias do oeste baiano

Um dos pilares do programa brasileiro de biodiesel, a agricultura familiar ainda não atingiu o nível de desenvolvimento necessário na Bahia para garantir matéria-prima para as usinas instaladas. Apesar do estado abrigar 14% dos agricultores familiares do país, as duas usinas baianas em atividade, Brasil Ecodiesel (em Iraquara) e Comanche (Simões Filho) estão sendo abastecidas exclusivamente pela soja produzida por grandes agroindústrias do oeste baiano. Além de mais cara do que a mamona, o dendê e o girassol, a utilização da soja de grandes produtores exclui da geração do combustível “verde” um dos objetivos alardeados pelo governo federal: o caráter social de estimular os pequenos agricultores.

O gargalo da produção baiana de biodiesel está sendo criado principalmente pelo baixo volume de recursos destinados à agricultura familiar. Foram R$400 milhões no ano passado. Para o secretário estadual de Agricultura, Geraldo Simões, este volume teria que ser três vezes maior, ou chegar a R$1,2 bilhão, para que o ciclo social de produção do biodiesel se completasse.

Enquanto isso, 70 mil famílias de pequenos agricultores (de um total de 530 mil agricultores familiares) envolvidas no programa aguardam incentivo para incrementar a produção. O pacote inclui acesso a crédito, assistência técnica, pesquisas, modernização, capacitação e apoio à comercialização. “A produção é quase zero, não dá nem para o mercado interno”, frisou Simões, ontem de manhã, na abertura da primeira rodada de discussão sobre Biodiesel – inclusão social e desenvolvimento regional, promovida pelo governo estadual, em parceria com a Petrobras. O evento aconteceu na Fundação Luís Eduardo Magalhães.

Reconhecendo que o estado ainda não atende “nem de longe” a capacidade instalada da indústria Brasil Ecodiesel, em Iraquara, e Comanche, em Simões Filho, o secretário anunciou como meta a produção de 773 mil metros cúbicos de biodiesel em oito anos, o que representaria uma área plantada de 860 mil hectares. Para isso, espera que os recursos para a agricultura familiar pelo menos dobrem este ano, assegurando o viés de inclusão social do programa. A Bahia, segundo Geraldo Simões, é o estado que reúne as melhores condições para implementar o programa com sucesso, pois, além de concentrar 14% da agricultura familiar, tem um terço da população em área rural e dois terços do território no semi-árido, com vocação para várias oleaginosas. Dando uma idéia de como a produção ainda é primitiva, Simões citou que a produtividade do dendê precisa passar dos atuais 600 metros cúbicos para quatro mil metros cúbicos por hectare.

Usinas - Segundo a coordenadora do programa de biodiesel da Bahia, Telma Andrade, da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), o estado já tem capacidade instalada para produzir 400 mil metros cúbicos por ano, com grandes perspectivas de alcançar a liderança no ranking nacional. Por enquanto, a planta de Iraquara, projetada para 300 mil metros cúbicos, produz apenas 60 mil metros cúbicos, e a de Simões Filho está começando a produzir. O superintendente regional do banco do Nordeste, Nilo Meira, anunciou que o banco dispõe de R$200 milhões para incentivar a agricultura familiar na Bahia em 2008, com taxas de juros reduzidas. “E temos todo o interesse em participar do programa de biodiesel, pois vejo a agroenergia como uma forma sustentável de inclusão social”, declarou.

Petrobras terá unidade em Candeias

A capacidade instalada do estado será ampliada ainda este ano, com a entrada em operação da primeira usina de biodiesel da Petrobras no Brasil, em Candeias, que entra em testes em maio. Segundo o gerente de implantação da unidade, George Luís Dias Melo, a empresa investiu R$78 milhões no projeto, com capacidade para processar 57 milhões de litros por ano, usando como matéria-prima algodão, dendê, mamona, soja, girassol e pinhão-manso. A previsão é que parte seja fornecida por seis cooperativas de agricultura familiar, sendo quatro de mamona e duas de girassol e dendê.

Uma evidência da importância estratégica dos biocombustíveis para a Petrobras, segundo Melo, foi a criação, anunciada segunda-feira (dia 3), de uma subsidiária exclusivamente com esse foco, ainda sem nome definido. “Nossa meta é alcançar níveis de excelência no controle do efeito estufa, o que passa pelo aumento do uso de fontes renováveis de energia”, enfatizou.

(Correio da Bahia, FGV, 05/03/2008)

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