Defesa Civil afirmou que material é proveniente da chaminé da Alberto Pasqualini
Moradores do Igara observaram uma paisagem diferente no bairro, ontem de manhã. Uma fuligem preta recobriu casas, carros e até animais de estimação. Mesmo com as janelas fechadas, em algumas residências os móveis ficaram com aspecto empoeirado. “O chão ficou preto, como se fosse carvão. No trabalho, limpei o balcão, mas logo estava tudo com aquela fuligem de novo. Quando a retiramos, fica uma nuvem preta de poeira”, contou Eliana Sabedot Piccoli, moradora da rua Afonso Gaviragui. Nas ruas das Camélias e dos Girassóis os moradores também notaram a presença do pó. “Quando passa a mão, fica oleosa. Acreditamos que seja material da Petrobras”, comentou outro morador.
Segundo a Defesa Civil, a fuligem foi proveniente da Alberto Pasqualini - Refap S.A. “O material saiu de uma chaminé e por conta do vento nordeste, foi para a cidade. Geralmente esta fuligem se dissipa no ar. Não há nenhum risco para a saúde”, assegurou o coordenador, Márcio Kauer. A gerência de Comunicação da Refap explicou que uma das caldeiras parou de funcionar à noite. Ao retomar o funcionamento, a fuligem da chaminé acabou saindo. Em boas condições climáticas a fuligem se dissiparia e não seria percebida. A empresa reiterou que o material não causa nenhum dano à saúde, e este é um processo que ocorre normalmente.
(Diário de Canoas, 04/03/2008)