Na sessão ordinária do último dia 27, o vereador Zoraido Silva/PTB, de Caxias do Sul, fez um relato a fim de prevenir e orientar pessoas que tem aves silvestres em casa. “Fui procurado por uma senhora do Vila Lobos que tinha há 15 anos um papagaio e foi notificada pela patrulha ambiental e condenada a pagar 300 reais, ficando na obrigação de entregar a ave ao Ibama. E além disso, o Ibama abre um processo administrativo que de início tem que pagar 500 reais. Fiz contato com o Ibama e eles são taxativos: temos que cumprir a lei federal. Acertei para que o Ibama vá a casa dela e recolha a ave no momento que a menina que é apaixonada pelo animal esteja na aula. Esta é uma lei extensa, rígida, inclusive que causa constrangimento à população. Esse costume de ter um papagaio em casa vem de muitos anos, aquelas pessoas que tem há 20 anos, elas se sentem prejudicadas e agredidas emocionalmente. O meu pronunciamento não é contra a legislação. Temos que proteger o meio ambiente, mas quanta coisa que prejudica o meio ambiente e ninguém faz nada”, destacou.
Complementando o colega, o vereador Renato Oliveira/PCdoB questionou: “Será que na Amazônia não teria coisas mais importantes para investigar?”.
“Essas aves são como se fossem da familia, tem nome e sobrenome da família. Se penalizassem aqueles que tiram proveito dos animais, nesse sentido a lei estaria correta. Precisaríamos uma sensibilidade maior”, afirmou o vereador Francisco Spiandorello/PSDB.
O vereador Felipe Gremelmaier/PMDB ressaltou: “Ninguém é contra o cumprimento da lei, o grande debate é a anterioridade da lei. Que se respeite o que foi elaborado a partir de 1998”.
Já o vereador Deoclecio da Silva/PMDB propôs outro debate. “Temos que discutir é a função do Ibama e a função da Patram. Será que o pessoal está esquecendo o que está acontecendo na Amazônia? Acho que eles tem que se preocupar com questões mais importantes”, salientou.
Na mesma linha o vereador Pedro Incerti/PDT comentou: “Em determinadas regiões do Estado, onde há plantação de soja e milho, existem o uso de agrotóxicos que estão eliminando uma quantidade grandes de animais de todas as espécies. E aí os organismos responsáveis não tomam as devidas providências para combater o contrabando de produtos agrotóxicos que são vendidos com preços diferenciados. Nesses casos a gente não vê esse mesmo rigor”.
(Assessoria de Imprensa/Câmara Municipal de Caxias do Sul, 27/02/2008)