Quinta-feira (06/03), está prevista a realização de um ato público em alusão ao Dia Internacional dos Direitos da Mulher. Trabalhadoras rurais vão protestar, no município de Itaperuna, no noroeste fluminense, contra o que chamam de “monoculturas predatórias” - eucalipto, soja e cana-de-açúcar. A manifestação está sendo organizada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura – Fetag – do RJ, com apoio da Rede Alerta contra o Deserto Verde Fluminense.
Segundo divulga o movimento, Itaperuna é um dos municípios a apresentar os piores indicadores com base no IDH - Índice de Desenvolvimento Humano – no Rio de Janeiro. E atribuem isso ao fato de as terras da região encontrarem-se em processo de desertificação e com “baixíssima produtividade devido aos impactos dos ciclos anteriores de monoculturas: café, cana e pecuária extensiva”.
Num país democrático é lícito praticar o jus sperneandi. Lamentável apenas que o protesto anuncie que pretende paralisar estradas e o escritório da Aracruz na cidade. Perde-se o direito pelo exagero; troca-se o argumento pelo abuso; o bom senso pela violência.
(Por Mônica Pinto, Ambiente Brasil, 05/03/2008)