Fiscais do Ibama, policiais federais e da Força Nacional destruíram nesta segunda-feira 107 fornos de produção de carvão vegetal na zona rural de Tailândia, Pará. Os fornos não tinham licença ambiental e queimavam árvores extraídas de desmatamento ilegal.
A ação faz parte da Operação Arco de Fogo deflagrada para fechar o cerco à atividade madeireira ilegal na Amazônia. A presença das instituições federais paralisou as atividades ilegais de extração e transporte de madeira ilegal na região. A balsa que faz a travessia entre os municípios de Tailândia e Moju teve uma redução de 90% no fluxo de caminhões.
Diariamente os helicópteros do Ibama e da Polícia Federal realizam sobrevôos de reconhecimento sobre o município e áreas vizinhas. Ontem foram identificados mais 280 fornos e 04 pontos de desmatamento recente. Também foram observadas 05 esplanadas de madeiras com um total de 600 toras no meio da mata. As incursões terrestres constatam as irregularidades e autuam os responsáveis.
A Polícia Federal continua os trabalhos de apuração dos crimes ambientais. O transporte de madeira também está sendo monitorado. Uma equipe do helicóptero abordou dois caminhões que transportava cada um 110 metros de carvão vegetal sem documentação. A carga e os veículos foram apreendidos. A multa aplicada é de R$ 200 reais por metro de carvão apreendido.
Os trabalhos da Arco de Fogo prosseguem também nas inspeções às madeireiras. Das cinco serrarias vistoriadas, quatro foram fechadas e as máquinas lacradas por terem em depósito e vender madeira irregular. As multas ultrapassam R$ 1,79 milhão. Em uma madeireira foram encontrados 1,7 mil metros cúbicos de maçaranduba, madeira usada na construção civil, sem origem legal.
Segundo o coordenador da equipe do Ibama, Bruno Versiani, “a medição da madeira nos pátios das serrarias está sendo feita de forma criteriosa e a grande diferença entre o saldo da empresa e a quantidade de madeira encontrada no pátio caracteriza a ilegalidade”.
(O Dia, 04/03/2008)