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gestão de resíduos política nacional de resíduos
2008-03-05

O investimento do Japão em tratamento de lixo se justifica pela aspiração de liderar o mundo na criação de uma aldeia global sustentável. Na última década, o país reiterou esforços e fez uma reforma política nas áreas de tratamento de lixo e reciclagem e criou não somente esse projeto global, mas uma filosofia chamada de 3Rs (reduzir, reutilizar e reciclar).

O projeto ambiental do Japão foi motivado pelos problemas no tratamento de lixo surgidos devido ao grande crescimento econômico que o país teve, depois da 2ª Guerra Mundial. O lixo --inclusive o contaminado com substâncias tóxicas-- começava a se acumular, por o país ser muito pequeno --tem mais de 128 milhões de habitantes e apenas 377.801 km2 enquanto o Brasil tem mais de 184 milhões de habitantes, mas 8.514.876 km2.

Para o Japão, uma sociedade sustentável é aquela que reduz a geração de lixo, usa o próprio lixo como fonte sempre que possível e dispensa o que não pode ser reaproveitado de um jeito apropriado, que preserva os recursos naturais e não produz impacto no ambiente. Para isso, o país espera contar com a tecnologia.

Como exemplo cita a comercialização de cartuchos para impressoras com tintas apagáveis e a popularização de técnicas como a que transforma garrafas PET em cabides plásticos.

Outros exemplos da avançada tecnologia do Japão no tratamento de lixo são a mecanização do sistema de coleta --o governo diz que os empregos são compensados na ampliação das empresas especializadas em transformar lixo em mercadoria--; a reutilização dos materiais de construção; e o uso de cinzas das incineradoras para produzir ecocimento.

Baleias

Um fator que depõe contra o Japão na questão ambiental é o da caça às baleias. Só neste ano, o país planeja caçar 935 baleias minke e 50 baleias fin. Inicialmente, outras 50 baleias jubarte --uma espécie ameaçada-- também seriam mortas, mas a reprovação internacional fez com que o Japão recuasse. O governo australiano luta para provar que o Japão realiza caça comercial --e não científica, como alega.

(Folha Online, 04/03/2008)


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