Autoridades uruguaias de Meio Ambiente informaram que resultados primários das análises de amostras do rio Uruguai enviadas ao Canadá revelaram que não houve liberação das substâncias tóxicas dioxina e furano na fábrica de celulose da Botnia em Fray Bentos, no centro de uma disputa diplomática com a Argentina, que considera alto o risco de contaminações na região.
A diretora de Meio Ambiente uruguaia, Alicia Torres, informou que nos laboratórios canadenses não foram detectados dioxinas nem furanos, "ou seja, que o nível está abaixo do que é detectável". A Comissão de Acompanhamento da Botnia recebeu o relatório de Alicia e da delegação nacional na Comissão Administrativa do Rio Uruguai (Caru), segundo a imprensa local.
A instalação da planta de celulose da empresa finlandesa nessa região fronteiriça com a Argentina desatou uma das piores crises diplomáticas entre os dois países. Buenos Aires levou a questão ao Tribunal Internacional em Haia, que se pronunciará provavelmente em 2009.
As análises feitas no Canadá demonstraram que as emissões de outras substâncias seguem cumprindo com as normas ambientais, ainda que se faça uma ressalva ao fato da fábrica ainda não ter atingido seus níveis máximos de produção.
A Caru estimou em US$ 2,6 milhões as perdas causadas pelo bloqueio na ponte binacional San Martín, em Fray Bentos, onde esses ambientalistas impedem o acesso do lado argentino desde novembro de 2006 e realizam protestos com freqüência.
(Ansa, Adaptado por Celulose Online, 03/03/2008)