Um relatório complementar sobre supostos problemas no EIA feito pela UCS para a construção da represa no entorno do Arroio Marrecas foi entregue ontem à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). O órgão só analisará o documento após a audiência pública de amanhã.
O documento se soma à denúncia apresentada ao Ministério Público (MP) na semana passada solicitando abertura de inquérito civil para apurar supostas falhas ou irregularidades no trabalho da universidade.
- São problemas que encontramos no trabalho da UCS. Questões que consideramos importantes para o debate sobre a construção ou não de uma nova represa em Caxias - expõe Sérgio Araújo, responsável técnico pela Vitória Consultoria Ambiental.
Das duas áreas pesquisadas pela UCS para inundação no entorno do Arroio Marrecas, a alternativa apresentada no EIA ao Samae seria a que menos afeta os moradores da região e a de menor agressão ao meio ambiente.
Mesmo assim, 268 famílias de 87 propriedades seriam afetadas pela construção da barragem na região do distrito de Vila Seca.
- Queremos que estes órgãos (o MP e a Fepam) investiguem o EIA, porque não encontramos nele as respostas que a lei pede - justifica Carlos Michelin, da comissão de moradores.
(Pioneiro, 03/03/2008)