A Eletrosul inaugurou ontem a subestação Gravataí 3. O sistema integrado de transmissão de energia elétrica do qual a subestação faz parte inclui ainda a subestação Atlântida 2 e duas linhas de transmissão, além da ampliação da subestação Osório 2. Na subestação foram investidos em torno de R$ 35 milhões e o conjunto das estruturas absorverá em torno de R$ 117 milhões, gerando cerca de 1,7 mil empregos, entre diretos e indiretos.
A subestação Gravataí 3 integra um conjunto de obras, conduzidas pela Eletrosul, que qualificarão o atendimento de energia no Rio Grande do Sul. O presidente interino da Eletrosul, Ronaldo Custódio, informa que, para o complexo estar concluído falta apenas a finalização da linha de transmissão que ligará as subestações Gravataí 3 e Atlântida 2, o que deve ocorrer em meados deste ano.
Custódio destaca que as obras trarão três grandes ganhos: melhora no fornecimento de energia na região de Gravataí e Cachoeirinha, mais segurança no atendimento do Litoral Norte e amplia a viabilidade de escoamento do excedente de geração do parque eólico de Osório.
Essa não é a única iniciativa que a Eletrosul conduz no Estado. A estatal está construindo a hidrelétrica Passo São João, no rio Ijuí, na Região das Missões. Já foi feito o desvio do rio e iniciadas as obras do vertedouro. Custódio calcula que a obra esteja adiantada em cerca de um mês no seu cronograma. A usina, que terá capacidade para gerar 77 MW e receberá um investimento de cerca de R$ 280 milhões, deverá ficar pronta até dezembro de 2009.
A Eletrosul também participa da implantação da linha de transmissão Campos Novos (SC) - Nova Santa Rita (RS). O empreendimento conta com licença ambiental de instalação e deve ser concluído até novembro, em tempo de fortalecer o atendimento de energia elétrica durante o verão. Já o projeto da linha de transmissão entre Candiota e Santa Cruz aguarda a liberação ambiental para ser iniciado. A previsão é de que isso aconteça até a metade deste ano.
Outros empreendimentos que dependem da questão ambiental são os parques eólicos que a Eletrosul pretende implementar no Estado. A companhia já protocolou na Fepam o pedido de licenciamento ambiental do parque eólico de Santana do Livramento e em até 60 dias deve fazer o mesmo com o de São José dos Ausentes.
Os dois complexos terão capacidade para gerar até 390 MW (cerca de 11% da demanda média de energia do Rio Grande do Sul). "Estamos trabalhando para poder viabilizar os projetos na primeira oportunidade que se apresentar", diz Custódio. A possibilidade pode ser através de um programa de incentivo à fonte eólica ou, o mais provável, a disputa em um leilão de energia voltado para esse tipo de geração.
A inauguração da subestação Gravataí 3 contou com as presenças de Custódio, do presidente interino e diretor de Engenharia da Eletrobrás, Valter Cardeal, do secretário estadual de Infra-Estrutura e Logística, Daniel Andrade, diretores da Eletrosul, além de políticos estaduais.
(Por Jefferson Klein, JC-RS, 04/03/2008)