Vários Estados membros da União Europeia (UE) criticaram e manifestaram hoje as suas reservas em relação ao plano que a Comissão Europeia apresentou em Janeiro para combater as alterações climáticas. “As medidas previstas arriscam-se a ter impactos negativos no nível de vida dos cidadãos e na competitividade das nossas empresas”, considerou o ministro polaco do Ambiente, Maciej Nowicki.
O seu homólogo luxemburguês, Lucien Lux, acusou o plano de acção de “não ter em consideração as especificidades nacionais”. Este plano, apresentado a 23 de Janeiro, pretende dar à UE as ferramentas necessárias para conseguir o objectivo fixado em Março de 2007: reduzir as suas emissões de gases com efeito de estufa (GEE, sigla em inglês) em 20 por cento, em relação aos níveis de 1990, até 2020 e, no mesmo período, elevar para os 20 por cento a quota das energias renováveis no consumo.
Uma das medidas-farol consiste em obrigar as indústrias mais poluentes da UE a pagar, a partir de 2013, “licenças para poluir”, até agora gratuitas. “Foram manifestadas observações legítimas. Mas não devemos perder de vista a nossa ambição comum”, lembrou a ministra do Ambiente da Holanda, Jacqueline Cramer. “É importante ter um acordo no final do ano de 2008”, insistiu o ministro francês Jean-Louis Borloo, cujo país assumirá a presidência da UE no segundo semestre de 2008.
(AFP,Ecosfera, 03/03/2008)