Integrantes do Movimento Aberto contra a Farra do Boi participaram da reunião da última quarta-feira (27/02) da Comissão de Turismo e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa de Santa Catarina (AL-SC), presidida pelo deputado Décio Góes (PT). Eles querem que o governo de Santa Catarina tome ações mais rígidas para coibir a farra do boi no estado e pediram apoio na luta contra a prática, comum no litoral catarinense durante o período da a Quaresma.
Um manifesto contra a farra do boi assinado por 61 organizações nacionais e internacionais de proteção animal e do meio ambiente foi entregue à Comissão. Os representantes pedem que a Comissão interceda junto ao governo para marcar uma reunião. Segundo Góes, a Comissão de Turismo e Meio Ambiente vai entrar em contato com o governador para que o mesmo receba os representantes do movimento para discutir alguns pontos do manifesto.
A Comissão vai apoiar pontos como a realização de uma campanha oficial de conscientização, visando desestimular a prática, e o lançamento de cartilha a ser implantada pela Secretaria Estadual de Educação.
Caso estes e outros pontos não sejam atendidos, as ONGs planejam realizar uma série de ações para boicotar o turismo em Santa Catarina. “Realmente é preciso que o governo estadual desestimule, previna e puna quem praticar a farra do boi. Mas boicotar o turismo pode ser um erro”, disse Góes.
O parlamentar teme que a represália das ONGS prejudique o Estado como um todo, mesmo sendo a farra do boi praticada por uma parcela ínfima da população. “Os produtos catarinenses vão ser muito prejudicados. Esse tipo de situação pode ser um tiro pela culatra.”
(Por Graziela May Pereira, Alesc, 29/02/2008)