Além dos bilionários investimentos nas usinas, a retomada do carvão gaúcho vai injetar dinheiro para arrancar dos veios de Candiota o minério gerador de energia. A Companhia Riograndense de Mineração (CRM) prevê R$ 240 milhões, enquanto a MPX e a Copelmi, sócias da Mina de Seival, estimam em cerca de R$ 170 milhões os preparativos para abastecer as duas usinas de mesmo nome.
- Estamos rigorosamente dentro do cronograma, não vamos falhar. É o grande momento do carvão - resume Telmo Kirst, presidente da CRM.
Sairão do caixa da companhia, explica Kirst, R$ 80 milhões do total previsto, destinados a revitalizar a atual mina. Outros R$ 160 milhões, para beneficiamento do carvão e estocagem, serão obtidos por meio de financiamento. Tanto investimento será recompensado, pondera: em 2010, o faturamento da empresa gaúcha de economia mista deve dobrar, porque a venda de minério destinado a abastecer a Fase C de Presidente Médici também duplicará.
Ainda este ano, prevê Carlos Faria, diretor da Copelmi, deve começar o detalhamento de lavra na Mina do Seival, que vai ajudar a traçar o caminho da nova etapa de exploração. Essa mina só havia entrado em operação na década de 80, para fornecer carvão a cimenteiras.
(Zero Hora, 02/03/2008)