Animais apreendidos em operações realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Piauí estão passando fome por falta de recursos. A denúncia é de funcionários do próprio Ibama. “Para alimentar os animais temos comprar ração com dinheiro do nosso bolso”, admite um dos funcionários que prefere não ser identificado. Ainda segundo ele, os macacos só fazem a primeira refeição do dia às 16h e teme pela vida dos animais.
O superintendente do Ibama do Piauí, Romildo Mafra, diz que desconhece o caso, mas admite que a estrutura humana seja pequena para o número de animais apreendidos nas fiscalizações. “Eu não tenho conhecimento de animais passando fome, se estão não é por falta de comida e sim de funcionários”, confessa.
Os animais apreendidos pela Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Ibama seguem para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) em Teresina. No Cetas possui quatro veterinários, um tratador e um estagiário.
“O responsável pela alimentação dos bichos é do tratador, mas só tem um. E os veterinários se recusam de colocar comida alegando que não é a função deles”, explica Mafra, acrescentando que também não faltam recursos para a alimentação dos animais e que o órgão já solicitou verba para a contratação de mais dois tratadores.
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Portal Acesse Piauí, 02/03/2008)