Lamentáveis. É assim que o superintendente do Ibama no Pará, Aníbal Picanço, considera as críticas feitas pelo superintendente regional do Trabalho e Emprego no Pará, DRT/PA, Fernando Coimbra, contra as operações em Tailândia. Fernando Coimbra afirmou na última quarta-feira, 27, que “sentia vergonha dessa operação”. Disse ainda estar revoltado com essa situação, pois “o setor madeireiro gera emprego e renda”.
As declarações se referem à Operação “Guardiões da Amazônia” e à atual “Arco de Fogo”, que o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará (Sema) e Polícia Federal (PF) estão realizando no município com o apoio da Força Nacional.
“Uma coisa é gerar emprego e renda, outra trabalhar na ilegalidade”, critica o superintendente do Ibama. Para Aníbal Picanço, todos os servidores públicos deveriam lutar contra a ilegalidade. “Principalmente o dirigente de uma delegacia regional do trabalho e emprego, que, além de lutar contra a ilegalidade, deveria se empenhar no combate à escravidão, prática comum nas áreas em que há apreensão de desmatamento ilegal”, afirma Aníbal.
Aníbal informa, ainda, que ficou surpreso com as declarações do superintendente regional do Trabalho e Emprego no Pará. “Quase não dá para acreditar que essa mentalidade ganhe voz a partir de um dirigente de órgão público, justamente um ator social que deveria lutar contra a ilegalidade”, afirma o superintendente do Ibama. Para ele, porém, o pensamento do superintendente da DRT/PA não representa o pensamento geral dos que trabalham naquele órgão.
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Ibama, 03/03/2008)