Médicos investigam se a poluição do ar nas proximidades do Pólo Petroquímico de Mauá, na Grande São Paulo, está por trás de uma doença rara, a tireoidite crônica. Na divisa das cidades de Mauá, São Paulo e Santo André, a incidência do problema é cinco vezes maior do que em outras regiões.
Em uma rua próxima ao pólo, a maioria dos moradores apresenta os sintomas da doença, que são cansaço, indisposição e baixa imunidade. Eles precisam tomar remédios diariamente para conter o problema.
Pesquisadores investigam o problema há cerca de 20 anos e as primeiras suspeitas eram de que o problema fosse causado pelo iodo presente no sal e em alimentos. Mas essa hipótese já foi descartada. Agora, começa uma nova fase de investigação, que contará com o apoio do laboratório de Poluição Ambiental da USP.
- Há indícios de que quanto mais poluição, mais casos aparecem e investigamos o que está ocorrendo. Nossa função é apurar o que está acontecendo - afirma a pesquisadora Maria Angela Zacarellli.
O pólo petroquímico afirma que também está investindo em pesquisas para saber se há relação entre a poluição e os casos de tireoidite crônica.
(SPTV /
O Glogo on-line, 28/02/2008)