Em vistoria realizada na quarta-feira (27) em uma área da Estação Ecológica do Taim atingida pelo fogo há um mês (Coordenadas Geográficas: S 32º40.962″ W 052º30.392″), foi constatado que a referida parcela do solo encontra-se encharcada, sem presença de lâmina de água e as espécies de macrófitas enraizadas apresentam um crescimento acelerado, “estando praticamente todas as raízes no local com regeneração da parte aérea das plantas”, explica o chefe da Estação Ecológica do Taim, Amauri Motta. Segundo ele, a regeneração de algumas plantas, varia entre 30 e 61 cm, o rebrote.
Além disso, ele aponta como positiva a presença no local de espécies vegetais como a espadana, tiririca , junco, erva-de-bicho, samabaias e cogumelos “em plena regeneração”.
Durante sobrevôo realizado com o helicóptero do Ibama nesta quinta-feira (28) com a presença do analista ambiental Kuriakin Toscan, eles perceberam, segundo Amauri Motta “o franco crescimento da vegetação, apresentando o banhado uma paisagem já com tons esverdeados, camuflando o cenário negro deixado pelo fogo, o que nos permite confirmar nossa expectativa de que, no máximo em dois anos, teremos uma perfeita recomposição da vegetação de macrófita enraizadas no local”. A marcação de parcela da área queimada durante este mês, permitiu o acompanhamento do processo regenerativo da vegetação do banhado.
Outra notícia considerada positiva é que o volume de chuva registrado na Unidade de Conservação neste período, foi de 43,1mm, “o que vem colaborando para manter a umidade do solo” Espécies da fauna como garça-branca-grande, garça-branca-pequena, rã e aranha foram visualizadas no local, “vivendo no ambiente em recuperação”, revela.
(AmbienteBrasil, 29/02/2008)