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2008-02-29

A Companhia de Gás de Santa Catarina (SC Gás) apresenta no próximo dia 5 de março, em Lages, a maior cidade do Planalto Serrano, o projeto Gasoduto da Serra Catarinense.  Terá 208 quilômetros e será o maior em extensão de rede de distribuição da empresa, que hoje possui 760 quilômetros.  Sairá de Indaial, no Médio Vale do Itajaí, e passará por 22 municípios.  O presidente da SC Gás, Ivan Ranzolin, afirma que o projeto foi orçado em R$ 180 milhões e que uma assembléia geral para viabilizar os recursos está agendada para o dia 27 de março entre a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) e os demais sócios da companhia.  A estatal Celesc possui 17% do capital total da empresa, a Gaspetro e a Mitsui Gás participam com 41% cada e a Infragas 1%. 

Ranzolin afirma que a SC Gás pretende com o novo traçado do gasoduto atender as fábricas do setor de papel e celulose instaladas na região, que contempla os municípios de Rio do Sul, Otacílio Costa e Correia Pinto. 

"Temos um pré-contrato assinado com a Klabin, de 140 mil metros cúbicos/dia", diz.  O Gasoduto da Serra está previsto para entrar em funcionamento em 2011.  Em outubro de 2008, a companhia catarinense vai desembolsar R$ 20 milhões para iniciar a obra. 

"A SC Gás pode expandir muito suas atividades e tem pressa de ampliar a clientela", diz o presidente Ivan Ranzolin.  O contrato de consumo com a Petrobras – o take or pay - é de 2 milhões de metros cúbicos/dia até 2019, mas a demanda atual é de 1,62 milhão de metro cúbico/dia.  "Cada mil metro cúbico vendido a mais é lucro para a companhia", pondera.  A previsão é que em 2011 a demanda alcance este volume no estado, de 2 milhões m3/dia.  Depois disso, a companhia conta com a entrada do gás que deverá ser explorado junto com o petróleo na Plataforma da Petrobras na Bacia de Santos-Sul, que está a 150 quilômetros da costa catarinense.

Este projeto foi apresentado à Petrobras há quatro meses e inclui a construção de um gasoduto em São Francisco do Sul.  Ranzolin diz que esta plataforma queima gás diariamente e que de lá podem ser extraídos 2 milhões de m3/dia, suficiente para resolver o problema dos três estados do Sul, hoje dependentes do insumo vindo da Bolívia.  "Temos os ramais para distribuir o gás para o Rio Grande do Sul e Paraná", afirma o presidente. 

O faturamento da SC Gás no ano passado foi de R$ 460 milhões, 9% superior ao ano anterior.  O lucro deverá fechar em R$ 60 milhões.  Para 2008, a previsão é atingir receita de R$ 500 milhões.  Hoje possui 485 clientes.  Até o final do ano estará com 800 quilômetros de rede de distribuição.  O segmento que mais cresceu em 2007 foi o veicular, que participa com 21%. 

Em 2007 foram 91 postos a utilizar o Gás Natural Veicular (GNV) em 2008 serão 106 postos.  A indústria consome 70% do gás distribuído, sendo 46,9% para o setor cerâmico. 

A companhia fornece também Gás Natural Comprimido (GNC) em postos localizados em regiões que não contam com redes de distribuição.  Já são seis os postos a receber o insumo.

"Vamos abastecer em março postos em Lages e Bom Retiro e temos contratos encaminhados para mais 11 estabelecimentos", diz Ranzolin.  Este ano, a SC Gás deverá fechar fornecimento com 16 a 18 postos.  "Embora a logística seja muito grande e cara, porque o GNC vai de caminhão, o preço é competitivo.  Fizemos um acordo com as distribuidoras para reduzi-lo em até 28%, conforme a distância", afirma.  Até mesmo Concórdia e Chapecó, no oeste do estado, deverão contar com o insumo ainda no primeiro semestre deste ano.  Os caminhões percorrerão cerca de 500 quilômetros para levar o gás de Indaial até o oeste de Santa Catarina. 

Em Santa Catarina, o gás foi reajustado este ano em 6% para a indústria e 12% para os postos de combustíveis (GNV).  Ranzolin diz que a companhia ficou um ano e meio sem promover aumentos e haverá novo reajuste para a indústria, em abril, que ficará entre 4% e 6% para corrigir o preço do petróleo que ocorreu no último trimestre do ano passado.  Os postos e o comércio não terão aumento até fevereiro de 2009.  .  A base utilizada para os aumentos é a cesta de óleos que tem preço internacional e considera o petróleo e o câmbio. 

Mesmo assim, Ranzolin afirma que os preços são muito competitivos.  A indústria recebe o gás por R$ 0,90 o metro cúbico e as grandes consumidoras a R$ 0,70.  Nos postos, o insumo custa R$ 1,66 o metro cúbico, mas a empresa garante que não haverá mais reajustes nos próximos 12 meses, enquanto o álcool e o diesel provavelmente irão subir.  O diretor Industrial da Eliane Indústria Cerâmica, de Cocal do Sul (SC), Otmar Josef Muller, afirma que apesar dos reajustes, o gás continua a melhor alternativa par a indústria cerâmica.  "O insumo é imprescindível, dada tecnologia dos equipamentos".  Muller, que é também presidente do Sindicato das Indústrias Cerâmicas de Criciúma e Região (Sindiceram) considera o setor bem servido de gás e teme a falta a falta de gás a curto prazo. 

Para 2008, há uma série de obras previstas pela SC Gás, que somam R$ 58 milhões, sendo a maior a da complementação da rede de gás insular em Florianópolis, orçada em R$ 16 milhões.  Outro projetos são as redes entre Guaramirim – Joinville, perfazendo mais R$ 5,5 milhões de gasoduto, Tijucas-Itajaí passando por Porto Belo, orçado em R$ 9 milhões e que está pronto para ser iniciado, Blumenau - Pomerode, obras de R$ 2 milhões que já começaram, e mais uma dezena de saturação (obras complementares).

"Parceria muito forte"

Projetos de maior envergadura também estão sendo negociados, como o de uma termelétrica a gás em São Francisco do Sul, o que dependeria da instalação de um terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) importado.  Outro plano é da instalação de uma termelétrica de gás a carvão na região de Criciúma.  Este tipo de projeto já foi desenvolvido na África do Sul e na Alemanha.  Trata-se da transformação do carvão em gás (gaseificação) eliminando grande parte dos resíduos de gás carbônico. 

"Seria uma grande solução energética e com menos poluição".  Estas propostas estão em estudo pela Petrobras e foram apresentadas pessoalmente no Japão pelo governador Luiz Henrique da Silveira e pelo presidente da SC Gás ao presidente da Mitsui Gás.  "Temos uma parceria muito forte com eles e há outras empresas interessadas em firmar parceria, como a Celesc Geração", diz Ranzolin.  Segundo ele, a SC Gás já tem um projeto com a Celesc de co-geração com o grupo Portobello, em Tijucas (SC).

(Gazeta Mercantil, 29/02/2008)

 


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