Um volume de lixo plástico com duas vezes o tamanho dos Estados Unidos - e cerca de 100 milhões de toneladas - está flutuando no Oceano Pácífico, colocando em risco a fauna marinha. A revelação foi feita nesta terça-feira (26/02) por cientistas americanos
Apelidado de “sopa de plástico”, o lixo é composto em grande parte dos chamado material pet, muito usado na fabricação de garrafas. Translúcida, a “mancha” flutua rente à linha das águas, e por isso, é imperceptível aos satélites. Os pesquisadores descrevem que os detritos estão agrupados numa espécie de redemoinho que começa a cerca de
Dois fatores contribuem para formação do problema: a ação humana e a própria natureza. Segundo os pesquisadores, um quinto dos resíduos é jogado de navios ou plataformas petrolíferas. O restante vem da terra. No mar, o lixo flutuante é agrupado por influência das correntes marítimas e fica vagando dos dois lados do arquipélago havaiano.
Habitat marinho
Segundo o oceanógrafo David Karl, da Universidade do Havaí, é necessário fazer mais estudos para se determinar com exatidão o tamanho e a origem da “sopa de plástico”. O professor pretende coordenar uma expedição para estudar o problema ainda neste ano, pois acredita que o lixo flutuante já formou um novo habitat marinho.
De acordo com o Programa Ambiental das Nações Unidas, detritos de plástico constituem 90% de todo o lixo flutuante nos oceanos. O programas estimada que 46.000 peças de plástico flutuantes provocam a morte de mais de um milhão de aves e de outros 100.000 mamíferos marinhos por ano. Seringas, isqueiros e escovas já foram encontrados nos estômagos de animais marinhos mortos.
(Planeta Sustentável, Revista Meio Ambiente, 27/02/2008)