O conceito de porto-cidade, que tanto sucesso está fazendo em várias capitais com instalações portuárias revitalizadas - Baltimore, Nova Iorque, São Francisco, Vancouver, Toronto, Montreal - e cujo exemplo mais citado é o porto de Barcelona, na Espanha, foi explicado, ontem, para o secretário de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, Luiz Fernando Zácchia, pelos arquitetos espanhóis Jose Munne e Javier Aran, o primeiro diretor durante 12 anos do porto de Barcelona, o segundo criador do Terminal 4 do aeroporto de Barajas, em Madri, símbolo da modernidade espanhola. Os dois representam grupos espanhóis que fazem parte do consórcio, junto com a Camargo Corrêa e Jaime Lerner, que pretende apresentar um projeto de revitalização do porto de Porto Alegre.
Urbanisticamente renovado, transformado em área de lazer e de comércio, sem deixar de receber navios de passageiros, o porto de Barcelona hoje recebe 22 milhões de pessoas/ano e 1,8 milhão de turistas. Como o projeto pretendido para Porto Alegre demoraria cinco anos para ser executado, os espanhóis acham que a cidade deveria aproveitar o clima em torno da Copa do Mundo de Futebol de 2014 para passar por esta grande transformação, como Barcelona aproveitou os Jogo Olímpicos de 1992. O projeto de Porto Alegre envolveria US$ 250 milhões com 150 mil m2 de obras e teria grande impacto urbano, econômico, financeiro e social na cidade.
(Por Danilo Ucha, JC-RS, 28/02/2008)