Mesmo com chuva prevista para os próximos dias, lavouras do Estado terão prejuízos
Até o final da tarde desta quarta-feira, 18 municípios haviam decretado situação de emergência no Rio Grande do Sul, por causa da estiagem que atinge algumas regiões. Mesmo com previsão de chuva para os próximos dias, agricultores já contabilizam prejuízos na lavoura. Em alguns municípios há problemas também de abastecimento. Nos meses de março, abril e maio, a previsão é de que chova abaixo ou dentro da normalidade para o período, mas as precipitações continuarão mal distribuídas. Por causa da ausência de umidade, maio será marcado por temperaturas mais baixas, o que deve adiantar o inverno dos gaúchos.
Em boa parte do Rio Grande do Sul, choveu menos em todo o mês de fevereiro, comparado às médias históricas. Para os próximos dias, especialmente hoje e sexta-feira, pode haver boa quantidade de precipitação, especialmente no Noroeste e Norte.
A distribuição irregular, que ocorre desde o ano passado, já provoca perdas econômicas nas lavouras. A quantidade de chuva prevista para os próximos dias pode ser insuficiente para resolver o problema no campo.
Em Crissiumal, por exemplo, 90% da lavoura de soja deixará de ser colhida por causa da estiagem. No milho, a perda deve ser total. Em Boqueirão do Leão, no Vale do Taquari, falta água em pelo menos sete localidades rurais.
Hoje, a prefeitura de Aratiba, no Norte, decretou situação de emergência. Na zona rural, o milho, que não se desenvolveu por falta de água, está sendo usado para alimentar o gado.
Na Fronteira com o Uruguai choveu à tarde. Em Santana do Livramento, foram 15 minutos de uma forte precipitação que deixou ruas da cidade alagadas.
Os municípios que decretaram situação de emergência:
Aratiba
Cândido Godói
Campinas do Sul
Campina das Missões
Cerro Grande
Crissiumal
Cristal do Sul
Esperança do Sul
Machadinho
Maximiliano de Almeida
Novo Tiradentes
Pinhal
Rodeio Bonito
Seberi
Tiradentes do Sul
Três Passos
Vista Gaúcha
Vila Nova do Sul
(Zero Hora Online, 27/02/2008)