O desenvolvimento sustentável da Amazônia e a ampliação dos investimentos para a região foram defendidos pela deputada Marinha Raupp (PMDB), durante discurso proferido no plenário da Câmara dos Deputados na última terça-feira (26/02). A parlamentar destacou a importância da Amazônia, não apenas para a região norte, mas para todo o país. Segundo ela, para promover o crescimento da região Amazônica é preciso estabelecer uma política nacional de desenvolvimento regional sustentável e sustentada, além de inserir o Plano Amazônia Sustentável (PAS), no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Marinha Raupp fez um balanço dos investimentos do Governo Federal em infra-estrutura e geração de energia, áreas estratégicas para o desenvolvimento regional. Na avaliação da parlamentar, os investimentos nestes setores contribuem para o desenvolvimento da Amazônia, especialmente no que concerne à construção das usinas hidrelétricas do Rio Madeira (Santo Antônio e Jirau). A concretização do projeto do gasoduto Urucu-Porto Velho também foi defendido pela parlamentar rondoniense. “Se o gás existe, precisamos concretizar esse projeto. Está no PAC como estudo. É necessário passar dos estudos aos investimentos na obra, tão necessária e importante para fortalecer a indústria do Estado de Rondônia”.
Obras como a pavimentação da BR-319 e a construção da ponte ligando os estados do Amazonas e de Rondônia são essenciais, segundo a deputada. Ela lembrou ainda que é preciso a realização do asfaltamento da BR-429. “Essa BR é eixo fundamental de desenvolvimento do Estado de Rondônia, pois fazem parte da região os Municípios de Costa Marques, São Francisco, Seringueiras, São Miguel e Alvorada D’ Oeste. Neste período, sendo que ainda enfrentaremos o inverno amazônico, a estrada está para ser interditada”, afirmou.
A importância do Agronegócio para a região amazônica também foi apresentado por Marinha Raupp. Segundo ela, essa atividade está presente na maioria das localidades da Amazônia, apresentando potencial para acelerar o dinamismo das economias locais e sub-regionais, mas que é preciso ter atenção às questões ambientais. “Não basta apenas obtermos elevados índices de produtividade e de rentabilidade econômica, precisamos também dedicar atenção à questão social e à questão ambiental quando falarmos sobre o agronegócio”. Segundo ela, essa também a preocupação do Ministério da Agricultura na elaboração do Plano Executivo de Desenvolvimento Sustentável do Agronegócio, na Amazônia Legal, que deverá ser apresentado em breve à sociedade e ao setor produtivo.
A deputada destacou ainda a realização do Seminário sobre a internacionalização da Amazônia, promovido pela OAB/RO, que durante a realização dos debates fez um chamamento à sociedade civil, aos Poderes constituídos e ao Congresso Nacional para preservar a Amazônia e livrá-la da cobiça internacional. Marinha Raupp falou também sobre a importância da Amazônia no contexto nacional e internacional. “Como brasileiros, temos o dever de lutar pela cidadania e desenvolvimento dessa imensa e rica região, mostrando para o mundo a viabilidade econômica com base no desenvolvimento sustentável, o que contribuirá significativamente para o futuro da própria humanidade”.
A realização do I Simpósio Amazônia e Desenvolvimento nacional, que aconteceu em Brasília entre os dias 19 e 23 de novembro de 2007, demonstrou o compromisso da sociedade com a efetivação de políticas que promovam o desenvolvimento integrado e sustentável. Segundo Marinha Raupp, o evento proporcionou um amplo debate com a sociedade e a viabilização de ações para o desenvolvimento da região por intermédio do Plano da Amazônia Sustentável (PAS). Ela lembrou, que a bancada da região Norte aguarda o agendamento de audiência com o Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, para apresentação do Relatório Final do Simpósio.
Outro tema apresentado por Marinha Raupp foi a questão tecnológica, onde a parlamentar destacou o papel as instituições de pesquisas no desenvolvimento da região amazônica. Ela lembrou que é necessário um maior investimento nessa área. “Temos que pensar também na tecnologia, que pode ajudar a melhorar a vida das comunidades amazônicas, pois não há como conceber um mundo sem avanços tecnológicos constantes, mas devemos fazer com que esses benefícios cheguem até a nossa região”, destacou.
(Rondonoticias, 26/02/2008)