A primeira etapa da campanha contra a febre aftosa atingiu um índice vacinal de 95,35% do rebanho bovídeo gaúcho de 13,3 milhões de cabeças. Os números superaram os dados do ano passado, quando o índice foi de 93,7%
O secretário da Agricultura, João Carlos Machado, festeja o resultado, principalmente pelo equilíbrio dos resultados em todas as regionais, os quais superaram os 90%. A OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) recomenda que um índice de vacinação superior a 85%. “O Estado passou bem adiante desses 85%. É sinal de que os nossos produtores se conscientizaram da importância do bloqueio vacinal para o seu próprio rebanho e para o Estado. A sanidade animal garante mercado para todos, desde a pequena propriedade até o Estado como um todo”, avalia Machado.
Para o diretor do Departamento de Produção Animal (DPA), Cláudio Dagoberto Bueno, é importante frisar que o índice foi alcançado em 30 dias. No ano anterior, houve prorrogação da primeira etapa. “Avaliamos a campanha deste ano com muita satisfação. Consideramos um sucesso”, diz Dagoberto.
Campanha
A imunização do rebanho bovídeo (bovinos e bubalinos) de todas as idades começou no dia 2 de janeiro e foi concluída em 31 de janeiro. A segunda etapa da campanha, de reforço, ocorre de 2 a 30 de junho, envolvendo os animais com até 24 meses de idade.
Doações
O Rio Grande do Sul é o único estado brasileiro que distribui vacinas aos pequenos produtores. Este ano, foram adquiridas 4,5 milhões de doses para entregar, de graça, aos produtores que possuem até 50 cabeças de gado e estão enquadrados no Pronaf. Foi o maior volume de doses já adquirido pela Secretaria da Agricultura. O investimento alcançou R$ 5 milhões.
A Secretaria da Agricultura não executa a vacinação, apenas fiscaliza. A responsabilidade sobre a imunização dos animais é do produtor rural, que aplica e comprova a vacinação nas Inspetorias Veterinárias e Zootécnicas (IVZs). Os técnicos do Departamento de Produção Animal (DPA) supervisionam a vacinação em assentamentos rurais, reservas indígenas e propriedades consideradas de maior risco para a febre aftosa.
Penalidade
Quem não vacinou ou não comprovou a vacinação dentro do período oficial está sujeito a medidas punitivas pelo DPA. A multa aplicada é de 2% do valor de cada animal não vacinado. Posteriormente, os técnicos do DPA realizarão a vacinação destes animais, para garantir a sanidade do rebanho gaúcho.
(Governo do Rio Grande do Sul, 27/02/2008)