A governadora Yeda Crusius recebe, nesta quarta-feira (27), às 15h, no Palácio Piratini, a direção da MPX Energia que assina protocolo de intenções para a construção da usina termelétrica a carvão mineral Seival II, em Candiota. O investimento é de R$ 1,8 bilhão, com criação de aproximadamente 4 mil empregos diretos e indiretos, gerando uma capacidade de geração de 600 megawatts (MW), o que permite abastecer uma cidade do porte de Porto Alegre. O começo da obra está programado para 2009 e a conclusão em 2011.
O secretário de Infra-Estrutura e Logística, Daniel Andrade, defende a utilização da matriz energética, cuja reserva em minas no Rio Grande do Sul é projetada para 200 anos. "Esse empreendimento representa consolidação do carvão mineral no Estado", prevê o secretário. Em reunião do Comitê Estadual de Energia, ocorrida em outubro do ano passado, Andrade determinou ao colegiado pressa em processos de investimento em unidades geradoras a carvão. O crescimento da utilização da matriz energética na geração é prioridade, "pois em momento de escassez como agora, o Rio Grande do Sul deve aproveitar a facilidade de implantação de termelétricas, no prazo de 24 meses, e atrair investimentos", analisa Andrade.
A reserva gaúcha de carvão, equivalente a 28,809 bilhões de toneladas, representa 89% do total brasileiro de 32,600 bilhões de toneladas. Minas localizadas em Santa Catarina guardam 3,360 bilhões de toneladas do mineral (significam 10,5% do país) e os restantes 160 milhões de toneladas (0,5%) se situam no Paraná. A estatal Companhia Riograndense de Mineração (CRM) é proprietária de 2,794 bilhões de toneladas da reserva do Estado.
Atualmente, o Rio Grande do Sul tem em operação as usinas termelétricas a carvão Presidente Médici fases A e B (446 MW), em Candiota, Charqueadas (72 MW) e São Jerônimo (20), localizadas, respectivamente, em municípios com mesmos nomes. Há projeto para construção de outras quatro unidades, denominadas Seival (542 MW), em Candiota, Jacuí (350 MW), em Charqueadas, Presidente Médici fase C (350 MW), também em Candiota, e CT Sul (650 MW), em Cachoeira do Sul.
O empreendimento diversifica e desenvolve a economia da Metade Sul, antes basaeada na agropecuária e agora ampliada com investimentos em celulose, na Fronteira Oeste, Campanha e Região Central, e indústria naval, em Rio Grande
(Governo do RS, 27/02/2008)