Destinação prevista para a energia gerada é o mercado livre
Deve ocorrer em duas fases a implantação da termelétrica Seival II, em Candiota, que terá protocolo de intenções assinado na tarde de hoje pela governadora Yeda Crusius. A MPX confirmou ontem participação na cerimônia, mas evitou garantir a presença de Eike Batista, comandante do grupo EBX, do qual a MPX é subsidiária.
Os detalhes do projeto dependem de definições sobre terreno e licenciamento ambiental, que ainda não foi encaminhado, mas a potência de 600 megawatts (MW) prevista para a termelétrica deve ser alcançada com duas unidades de 300 MW.
Apenas a Mina de Seival tem licenciamento já garantido. A primeira planta poderia entrar em operação até 2011. Completa, a usina poderia abastecer uma cidade como Porto Alegre.
Outro diferencial do projeto, que pode colaborar para sua efetivação, é o fato de não depender de leilões públicos de energia - modelo obrigatório para contratos no sistema regulado. Conforme o prospecto de oferta de ações da MPX em que Seival II é apresentada, o destino da geração seria o mercado livre.
Além de ser atrativo por garantir energia em um período no qual o abastecimento é considerado incerto, o modelo oferece vantagens fiscais.
Por outro lado, entre as oito novas usinas apresentadas pela MPX no prospecto, Seival II aparece apenas em sétimo lugar na ordem de prioridade de aplicação de recursos. As duas primeiras, MPX e Termomaranhão, já estão com geração vendida em leilão público realizado no ano passado.
O compromisso que a empresa vai assinar hoje é de investimento de R$ 1,8 bilhão, com criação de aproximadamente 4 mil empregos diretos e indiretos. Estão no Rio Grande do Sul 89% das reservas brasileiras de carvão. Outros cerca de 10% ficam em Santa Catarina, e o restante no Paraná.
(Zero Hora, 27/02/2008)