O projeto Conscientização sobre a Farra do Boi, do Instituto Ecosul com o apoio do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), não será extinto após a Páscoa, período em que é registrado o maior número de ocorrências. Até dezembro de 2008, as escolas públicas dos 20 municípios litorâneos onde predomina a cultura açoriana receberão materias educativos e palestras orientando sobre os aspectos éticos, legais e ambientais que envolvem esta tradição trazida dos Açores pelos imigrantes no século 18.
O principal objetivo é apresentar às comunidades onde ocorre a Farra do Boi a idéia de respeito aos animais. Nas escolas, os palestrantes apresentarão, com o auxílio de vídeos e material gráfico, o programa Formação de Valores para o Respeito a Todas as Formas de Vida. A intenção do programa não é apenas esclarecer que a Farra do Boi é um crime ambiental, pois o costume é incentivado pelos pais como uma tradição cultural e os discursos de entidades ecológicas e de proteção aos animais, geralmente formadas por pessoas de fora das comunidades, não é bem recebido.
O material educativo usado no projeto vai ser financiado pelo Fundo de Reconstituição de Bens Lesados (FRBL). O fundo é mantido com recursos de indenizações pagas por empresas ou pessoas condenadas judicialmente por danos ao meio ambiente, ao consumidor, ou ao patrimônio histórico, artístico, paisagístico e cultural no Estado.
Municípios que receberão o projeto
Balneário Barra do Sul, Balneário Camboriú, Biguaçu, Bombinhas, Camboriú, Governador Celso Ramos, Florianópolis, Garopaba, Imbituba, Itajaí, Itapema, Morro da Fumaça, Navegantes, Palhoça, Paulo Lopes, Penha, Porto Belo, Santo Amaro da Imperatriz, São José e Tijucas.
(Ascom MP-SC, 26/02/2008)