Técnicos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde e a coordenadora da Unidade de Zoonoses e Vetores da Secretaria Municipal de saúde, Elisabeth Estima, estiveram na Ilha da Torotama para acompanhar de perto a proliferação excessiva do mosquito Psorophora.
Segundo Elisabeth, a incidência diminuiu comparada à registrada na semana passada. No entanto, ela declara que é preciso que seja realizada uma pesquisa para identificar a real causa desta infestação e quais os procedimentos adequados a serem tomados, para que o problema não apareça também em outras áreas. O criadouro identificado na Ilha da Torotama possui cerca de mil hectares. "Esperamos que instituições se manifestem na intenção de pesquisar esta problemática. Sabemos que esta incidência é decorrente de algum desequilíbrio ambiental, mas é necessário identificá-lo", fala.
Elisabeth Estima lembra que a Unidade de Zoonoses vem atuando na Ilha da Torotama desde o ano passado, quando foi identificada a aparição desta espécie de mosquito naquele local. "Nós tivemos o auxílio pontual de algumas instituições como as universidades federais do Rio Grande (Furg) e Pelotas (UFPel). Mas esse trabalho não chegou a ser concluído e agora sentimos a necessidade de uma pesquisa mais aprofundada, que aponte procedimentos corretos para que, posteriormente, possam ser aplicados pela secretaria", declara a coordenadora.
Além da visita, quando os técnicos conversaram com a comunidade, os agentes de saúde atuaram na colocação de inseticidas em banhados e demais locais próximos às casas dos ilhéus.
Na última segunda-feira, o Jornal Agora mostrou angústia e o sentimento de impotência dos moradores da Ilha da Torotama, que apelam à fumaça para tentar afastar o mosquito de seus lares. A equipe deverá retornar ao local até a próxima segunda-feira.
(Por Mônica Caldeira, Jornal Agora, 27/02/2008)