A Polícia Federal estima que a Operação Arco de Fogo tenha um custo total de cerca de R$ 180 milhões, a serem gastos até o final do ano. Nessa primeira fase da ação, cuja principal base é Tailândia (PA), aproximadamente 300 agentes federais (entre homens da PF, da Força Nacional de Segurança Pública e do Ibama) foram deslocados até a região. Outros cem policiais militares dão suporte aos agentes. A idéia é que nessa etapa, que deve durar um mês, sejam averiguadas eventuais irregularidades das madeireiras --o que pode resultar na apreensão de madeiras extraídas ilegalmente, após análise de documentos e materiais. Serão vistoriados o armazenamento e o comércio de madeira.
O Ibama avalia a documentação da empresa, faz o levantamento da madeira estocada no pátio da serraria e apreende a madeira sem origem comprovada. Os agentes da Polícia Federal indiciam os possíveis responsáveis pelo crime ambiental --pode haver prisão se for constatado o flagrante.
Na segunda etapa, que deve mobilizar até mil servidores federais, devem ser instaladas 11 bases operacionais na floresta amazônica, em áreas consideradas mais críticas, onde foi constatado maior índice de desmatamento. Essas bases serão responsáveis por fiscalizar a entrada e a saída de madeira na região, no que a PF chama de trabalho de prevenção da comercialização de madeira extraída ilegalmente. As bases devem ser instaladas nos municípios de Vilhena (RO), Várzea Grande, Barra do Garças, Sinop e Vila Rica (MT) e em Altamira, Itaituba, Castelo dos Sonhos, Xinguara, Marabá e Porto de Moz (PA).
(Por Matheus Pichonelli, Agência Folha, 26/02/2008)