Já são 11 cidades do Oeste de Santa Catarina que decretaram situação de emergência por conta da falta de chuva. Nesta terça-feira (26/02), Bandeirante e Cordilheira Alta assinaram os decretos. Também estão em situação de emergência Chapecó, Nova Itaberaba, Seara, Ipumirim, Belmonte, Santa Helena, Xaxim, Paial e Itá.
Se não chover em sete a 10 dias, as prefeituras de Itapiranga, São João do Oeste, Saudades, Iraceminha, Modelo, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Paraíso, Barra Bonita e São Miguel do Oeste devem decretar situação de emergência.
O prefeito de Cordilheira Alta, Alceu Mazzioni, afirmou que o município está sofrendo com falta de água principalmente para lavouras, pastagens e consumo animal. O leite já apresenta uma perda de 15%. A despesa extra da prefeitura com a distribuição de água chega a R$ 1 mil por dia.
Em Bandeirante, são distribuídos 20 mil litros por dia, com possibilidade de aumento. Segundo o prefeito José Carlos Berti, a captação do Rio Bandeirante está completamente comprometida. A chuva tem caído apenas isoladamente, e o abastecimento vai sendo diminuído aos poucos.
Em Paraíso, choveu nesta terça, mas a prefeitura ainda aguarda para analisar, nesta quarta, se a chuva foi suficiente. Como a economia da região é de base agropecuária, o consumo de água pelos animais é o primeiro afetado.
Várias prefeituras distribuem água a comunidades do interior com caminhões-pipa ou tratores. Em São João do Oeste, por exemplo, são feitas de seis a oito viagens por dia para a distribuição de água para animais. São 30 mil litros diariamente, mas com o apoio de um bombeamento de 80 a 100 mil litros de água para a hidráulica.
A situação mais urgente é no município de Seara. Nesta terça-feira, a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) contratou, nesta terça-feira, um caminhão-pipa que vai buscar água em Itá, num poço distante 22 quilômetros.
De acordo com o superintendente regional de negócios da Casan no Oeste, Paulo Christi, diariamente 80 a 100 mil litros serão transportados de um município a outro.
— Esta água, já tratada, será levada para as regiões mais críticas. Com os 300 mil litros da bomba provisória no poço profundo e mais os 250 mil litros do Rio Caçador, o total produzido é de 650 mil litros, para um consumo médio de 900 mil litros — explicou.
A meta é entregar água a cada dois dias. A Casan recomenda que as famílias tenham caixas de pelo menos 500 litros, para armazenar água de um dia para o outro.
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Diário.com.br, 26/02/2008)