Nos últimos meses, a cidade de Bagé tem registrado poucas chuvas. O déficit de chuvas, verificado nos últimos três meses, já está sendo sentido no volume das três barragens responsáveis pelo abastecimento de cerca de 100 mil moradores da zona urbana do município. De dezembro a este mês de fevereiro, que já se encaminha para o final, deveria ter chovido, pelas médias históricas, 345 milímetros. Contudo, o volume registrado é de 178 milímetros, o que causa uma desfasagem de 167 milímetros.
Em dezembro, na Estação de Tratamento de Água (Eta), a precipitação foi de 73 milímetros, índice que ficou abaixo da média histórica de 137 milímetros. Em janeiro, as chuvas chegaram a apenas 43 milímetros, enquanto que a média é de 148 milímetros. Já neste mês de fevereiro, até esta segunda-feira, choveu 62 milímetros, número também inferior à média histórica, que é de 160 milímetros.
As poucas chuvas e o retorno das pessoas para a cidade, após período de férias, é motivo de preocupação para o Departamento de Água e Esgotos de Bagé (Daeb). “Estamos monitorando diariamente os níveis das barragens, as precipitações e o consumo da população”, afirma Estefanía Damboriarena, diretora do Daeb.
A Barragem da Sanga Rasa está 5 metros e 20 centímetros abaixo do nível normal. Já a Barragem do Piraí está 2,40 metros aquém da normalidade.
A situação ainda está sob controle, o que não impede a diretora do Daeb renovar apelo para que a comunidade continue consumindo água de forma racional, evitando excessos. “Os moradores sempre foram sensíveis aos problemas que enfrentamos em época de estiagens, se constituindo em peça fundamental no gerenciamento que realizamos, visando evitar o colapso do sistema”, destacou Estefanía Damboriarena.
(Jornal Minuano, 26/02/2008)