Às 15 horas de hoje, uma manifestação saindo da Av. de Maio em direção à sede do Governo de Buenos Aires vai repudiar a violenta repressão policial contra os catadores de lixo da cidade, que deixou mais de vinte feridos e prendeu nove pessoas.
Em nota, o Movimento Nacional de Trabalhadores Catadores (Mocar), pediu a liberdade dos que estão presos e a "criação de empresas de classificação geridas por cooperativas de catadores e não como negócios privados, tanto em Buenos Aires como no resto do país".
Eles pediram também a aplicação efetiva da lei 992, que declara o catador integrante do serviço de higiene pública, pois eles possibilitariam a solução de todos os problemas ambientais com inclusão social. O "trem branco", com vagões soltos, sem cadeiras e sem janelas transportava diariamente os catadores de suas casas para a capital, No entanto, esse serviço foi cancelado sem maiores explicações.
Para não deixar de trabalhar, muitos catadores começaram a fazer um plantão permanente na praça do bairro Belgrano. O chefe de governo de Buenos Aires, Mauricio Macri, ordenou o despejo dos plantonistas. O Conselho Comunal da Comuna 13, em nota, disse que o governo não utilizasse o nome dos moradores do local em que os catadores estão abrigados como desculpa para o desalojamento, pois a atitude não foi pedida por eles e muitos são contrários a ela.
(Adital, 25/02/2008)