O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciou ontem (25) que o Brasil vai construir três hidrelétricas em parceria com a Argentina e duas com a Bolívia. Segundo o ministro, o custo, estimado em R$ 30 bilhões, será dividido entre os três países. No total, as usinas deverão produzir cerca de de 10 mil megawatts.
A potência equivale à soma das usinas pertencentes à Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), que totalizam 10,6 mil megawatts. Itaipu, a maior usina do mundo, tem 14 mil.
"Foi ajustado entre o presidente Lula e os presidentes da Argentina [Cristina Kirchner] e da Bolívia [Evo Morales] que começaremos a tomar providências a partir deste mês", afirmou Lobão, ao participar do lançamento do programa Territórios da Cidadania, no Palácio do Planalto.
Lobão retornou sábado (23) de viagem à Argentina em que acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um dos temas discutidos foi a questão energética.
De acordo com o ministro, o presidente Lula determinou que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participe das reuniões para tratar do tema e assim evitar que "a burocracia seja definitivamente banida desses entendimentos". Os ministros do Meio Ambiente dos outros países envolvidos também devem participar das negociações.
Lobão informou que os titulares das pastas de Minas e Energia dos três países devem se reunir em Brasília em cerca de 10 dias para definir, entre outras coisas, os locais onde serão construídas as hidrelétricas.
(O Dia, 25/02/2008)