Ministério Público, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e ONGs se encontram nesta terça (26/02)Novas ações de segurança, medidas administrativas e diretrizes para combater a farra do boi no Estado serão definidas nesta terça-feira em encontro entre o Ministério Público, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e ONGs.
Os ambientalistas aguardam a reunião com expectativa e esperam medidas mais rígidas do governo do Estado para coibir os farristas. A prática é mais comum no Litoral catarinense, durante a Quaresma.
Será o primeiro encontro para definir questões operacionais como número de veículos necessários para transportar os animais e tipos de barreiras. O tenente Alessandro Marques disse que nessas reuniões sempre surgem idéias novas, importantes para combater a farra do boi:
— A prática é um ocorrência difícil de atender, mas tem sido minimizada a cada ano.
Para isso, a Polícia Militar faz mapeamento dos fornecedores de animais e dos locais onde a farra é realizada com freqüência, para poder implementar as barreiras. As cidades que mais registram ocorrência são Governador Celso Ramos, Florianópolis, Porto Belo e Bombinhas.
O inspetor Luís Carlos Padilha, da Polícia Rodoviária Federal, acredita que a reunião definirá diretrizes para que haja um trabalho em conjunto entre as duas polícias.
Já ambientalistas esperam ter um retorno sobre o manifesto enviado ao governo do Estado, no início do mês, pedindo que o Ministério Público detenha e responsabilize os organizadores da farra.
— O farrista precisa sofrer algum tipo de punição, como trabalho comunitário, por exemplo. Só assim terá medo e receio de realizar a farra novamente — argumentou o presidente do Instituto Mundo Azul e Verde, Alejandro Caprario.
Os ambientalistas, ainda, pediram que os programas educacionais contra a farra sejam assumidos pela Secretaria de Educação do Estado e não pelo Ministério Público, como tem sido feito até então.
A assessoria do Ministério Público informou que a instituição só vai se manifestar depois da reunião.
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Diário Catarinense, 25/02/2008)