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farra do boi crueldade com animais
2008-02-25
Um encontro para traçar o planejamento das ações de segurança na tentativa de combater a farra do boi em Santa Catarina está marcado para terça-feira (26/02). A reunião acontece no prédio do Comando Geral da Polícia Militar na rua Visconde de Ouro Preto n° 549, em Floripa. O convite, segundo o presidente da ONG Instituto Mundo Azul e Verde, Alejandro Caprario, partiu do próprio comando da PM, por meio do Coronel Eliésio Rodrigues. Conforme Caprario, na oportunidade os ambientalistas esperam poder esclarecer os três principais pontos do Manifesto Contra a Farra do Boi:

1 - Que o governo lance campanha institucional visando a desmobilização de possíveis insurgentes, alertando-os sobre os problemas com a justiça a que estes estarão submetidos, caso sejam detidos no flagrante delito de participar de farras de boi;
2 - Que os termos circunstanciados das pessoas que forem detidas, tenham seu rito processual até o final e que as penas sejam desestimulantes para uma reincidência;
3 - Que a Secretaria de Educação adote programa educacional sobre meio ambiente e proteção animal, incluindo o tema da farra do boi;

“Caso tais medidas não sejam adotadas e o combate a essa prática seja considerado insatisfatório, os ambientalistas darão sinal verde para a deflagração de um movimento de boicote internacional com o apoio de mais de 60 organizações em todo o Brasil e no Exterior”, explica Caprario. Os ambientalistas que participam do combate à prática, dizem estar "praticamente" satisfeitos com a ação da Polícia Militar, faltando apenas mais alguns ajustes que serão debatidos no encontro de amanhã. De acordo com ele, "falta que o governo desestimule de forma mais clara e evidente as pessoas que ainda pensam em se movimentar nessa prática criminosa”. A ONG acredita que isso não só facilitaria o trabalho da polícia, mas diminuiria sensivelmente a busca por esse tipo de diversão macabra e vergonhosa para o Estado.

Por e-mail enviado ao Ambiente JÁ, o ambientalista declara que o governo através de todos os meios de comunicação deveria alertar sobre os problemas com a justiça para as pessoas que insistam nessa prática. “Isso por si só, seria muito importante. Mas, outras festas e atividades artesanais de cunho açoriano, muito mais saudáveis como o Terno de Reis, Pau de Fita, Renda de Bilros e tantos outros, deveriam ser estimuladas”, cita Caprario.

O Instituto acredita que a educação a essas pessoas sobre o respeito à natureza e aos animais, principalmente a jovens e crianças, passa a ser uma obrigação do governo. O ambientalista acrescenta ainda: "mesmo assim, há aqueles que tenham valores tão distorcidos que somente a repressão e penas exemplares podem resolver”.

Boicote à Santa Catarina
O boicote, que teria início em data específica, inclui o lançamento de site oficial de conteúdo com 6 idiomas (português, inglês, espanhol, alemão, francês e italiano), com informações e imagens sobre a perversidade perpetrada na farra do boi. O site, segundo a ONG, faria destaque ao movimento de boicote oficial das principais organizações ambientais e de proteção animal de todo o mundo, hoje com mais de 8 milhões de membros. “Periodicamente, serão lançadas ofensivas de banners eletrônicos para mailing lists para circular em todo o mundo, pedindo para que se evite visitar Santa Catarina até que cessem por definitivo as ações de farras do boi ou o governo local demonstre que finalmente estará verdadeiramente inclinado em extinguir a farra do boi”, explica Caprario.

Além disso, o site oficial do boicote, que terá atualização constante, oferecerá links para o envio automático de e-mails de protesto para os principais endereços corporativos do governo catarinense. Outras ações de boicote ocorrerão sempre que houver eventos oficiais de turismo, feiras, exposições ou negócios a respeito de Santa Catarina no exterior ou em outros estados do Brasil.

Os ambientalistas acham que a médio e longo prazo, caso o boicote venha mesmo a ser deflagrado, as estatísticas certamente irão comprovar uma queda vertiginosa na procura de turistas e até de negócios em Santa Catarina. Eles lembram que a consciência ecológica e de respeito à natureza são muito fortes no primeiro mundo e que será natural que tais pessoas cancelem seus eventuais pacotes turísticos voltados para cidades em todo o estado, o que representará em estagnação econômica para a região.

ONGs européias
Uma das ONGs que apóia o Manifesto e a possibilidade de boicotes é a Animal de Portugal. O seu presidente, Miguel Moutinho, lembra sobre a crescente diminuição das touradas em todo o mundo (www.cidadeantitouradas.org). "Ainda enfrentamos barreiras com as leis que as permitem. Mas é apenas uma questão de tempo. Já existem 44 cidades, inclusive grandes e tradiconais como Barcelona, que já proíbem totalmente as touradas. A pressão para o seu término de uma forma geral é muito grande aqui na Europa. Já em Santa Catarina, no Brasil, ao contrário das cidades remanescentes das touradas, a chamada "farra do boi" é claramente proibida por lei. Não há porque o governo local não possa efetuar uma campanha para alertar as pessoas de que se trata de um crime", lembra.

A Presidente Internacional de Campanhas, Paola Ghidotti, da OIPA (International Organization for Animal Protection), com sede em Milão, acha que o governo catarinense não deveria subestimar tais possibilidades, pois a recuperação da imagem do estado poderia levar décadas. Ele alerta que as ONGs na Europa ou nos EUA são muito unidas, representando em verdadeiras nações virtuais semi-organizadas e formadas por cidadãos cada vez mais conscientes por um mundo melhor. Algo como a farra do boi é absolutamente inconcebível e intolerável em nossos dias. "Esperamos que nossos colegas ambientalistas em Santa Catarina nos tragam boas notícias sobre o combate neste ano", diz a ambientalista.

(Por Carlos Matsubara, Ambiente JÁ com informações do Instituto Mundo Azul e Verde, 25/02/2008)

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