Nas próximas segunda e terça-feiras (25 e 26) serão selecionados em Brasília, os subprojetos do Projeto Corredores Ecológicos, para a implementação de minicorredores prioritários do Corredor Central da Mata Atlântica (CCMA). Onze subprojetos do Espírito Santo estão sendo avaliados. As propostas envolvem a conservação de áreas naturais, envolvendo geração de renda e uso sustentável.
Ao todo, estão na Câmara Técnica 22 projetos para a mata atlântica e 31 para Amazônia. Além dos 11 projetos do Estado, há ainda 11 projetos da Bahia. A Câmara Técnica é formada pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Projeto Corredores Ecológicos (PCE), Fundo Nacional de Meio Ambiente (FNMA), entre outras parcerias.
A expectativa dos capixabas é de que os recursos sejam aplicados em pelo menos dez áreas (minicorredores) prioritárias no Estado e atender a projetos que priorizem a utilização de estratégias inovadoras para a conservação, preservação e a recuperação ambiental, bem como o uso sustentável dos recursos naturais, especialmente em propriedades privadas dentro das regiões consideradas como prioritárias para a conservação da mata atlântica, através do Projeto CCMA.
São elas as regiões dos minicorredores de Córrego do Veado (Pinheiros e Boa Esperança), Guanandy (Anchieta, Piúma, Itapemirim e Marataízes), Burarama-Pacotuba-Cafundó (Cachoeiro de Itapemirim), Complexo Centro-Norte Serrano, Sooretama-Goitacazes-Comboios (norte do Estado), Caparaó, Saira Apunhalada (Brejetuba, Afonso Cláudio e Conceição do Castelo), Duas Bocas-Mestre Álvaro, Alto Misterioso-Serra do Palmital (noroeste do Estado) e Pedra do Elefante (Nova Venécia, São Gabriel da Palha, Vila Pavão e Vila Valério).
Para participar da seleção dos subprojetos, todos os 11 projetos enviados deveriam atender às necessidades das comunidades, a capacidade de disseminação dos resultados obtidos, a consistência técnica, a sustentabilidade das práticas propostas e o potencial destas em contribuir com a implementação e permanência de um minicorredor ecológico dentro do CCMA.
Cada projeto foi apresentado com um custo de no mínimo R$ 150 mil e no máximo R$ 500 mil. Os projetos foram enviados até dezembro do ano passado e o resultado da eleição deverá ser divulgado na próxima semana.
Todos os subprojetos submetidos ao edital apresentaram recursos de contrapartida. Contrapartida é a parcela de custos assumida pela entidade proponente/executora e deve sempre estar incluída no custo total do subprojeto.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), os minicorredores têm o objetivo de construir ações para a conservação dos recursos naturais, a preservação e a recuperação ambiental, em conjunto com o CCMA.
Os Corredores Ecológicos podem ser compreendidos como áreas de grande extensão de ecossistemas continentais e marinhos, biologicamente prioritários e viáveis para conservação da biodiversidade, integrados por um conjunto de unidades de conservação, terras indígenas e áreas de interstício. O objetivo é prevenir ou mitigar a fragmentação das florestas existentes, permitindo a manutenção ou recuperação da conectividade entre áreas protegidas, por meio de estratégias de fortalecimento e aumento do número de unidades de conservação, e pelo uso sustentável dos recursos naturais nas áreas intersticiais, possibilitando a conservação da sociobiodiversidade.
(Por Flávia Bernardes,
Século Diário, 24/02/2008)