A prefeitura de Ji-Paraná desativou o lixão que funcionava na estrada do Distrito Nova Londrina, para que uma empresa frigorífica fosse instalada próximo do local, mas, ao invés de solucionar um problema acabou criando outro. O lixão foi apenas transferido, sendo instalado a dois quilômetros do laticínio Primalatte.
O empresário Geraldo Coleto visitou várias vezes o lixão e constatou as péssimas condições de depósito e aterro. "Um aterro deve ter um local específico para receber resíduos hospitalares e lá o lixo oriundo dos hospitais fica junto com o doméstico. Outros tipos de lixos tóxicos que necessitam de cuidados especiais, não estão recebendo o devido tratamento", denunciou.
Caso o empresário queira exportar os produtos, o Ministério da Agricultura não autorizará com um lixão próximo da indústria. "A Primalatte se instalou primeiro que o lixão. Se tentou resolver um problema criando outro", disse.
Ele vai entrar na Justiça com a ação pública pedindo a interdição do aterro controlado, de responsabilidade da prefeitura. Coleto aponta que o lixão não atende às normas da legislação ambiental e não tem licença. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sedam) firmou apenas um Termo de Compromisso Ambiental junto com a prefeitura para implantação do aterro, mas não deu autorização à implantação do lixão. Diariamente são depositados mais de 70 toneladas de lixo. (C.A)
Contaminação por dejetosSem autorização da Sedam, dejetos de caminhões particulares de limpa-fossa estão depositando no lixão. Ontem, a Polícia Ambiental e o Sedam autuaram donos de empresas de limpa-fossas. Segundo o fiscal João Bernardi, resíduos líquidos, como os de caminhões limpa-fossa, não devem ser tolerados no aterro sanitário. "As empresas devem ter um sistema de tratamento de resíduos. Da forma que estão depositando está contaminando a água", revelou. A recomendação é da construção de um tanque de equalização e depois bombeado, finalizada esta etapa, a parte líquida será filtrada e ainda passará por mais quatro processos de purificação.
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Folha de Rondônia, 21/02/2008)