(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
pneus usados
2008-02-22

Os parlamentares que integram a representação brasileira no Parlamento do Mercosul concordaram com as sugestões feitas pelos representantes do Ministério das Relações Exteriores na tarde desta quinta-feira, para solucionar as controvérsias sobre a importação de pneus usados e remoldados. Um norma única para todos os países do bloco seria uma solução possível para o problema, afirmou o diretor do Departamento Econômico do órgão, Carlos Márcio Cozendei.

Segundo ele, essa norma proibiria a importação de pneus usados e remoldados provenientes de países de fora do bloco. Desse modo, os pneus usados no Brasil, por exemplo, poderiam ser exportados para os demais países do Mercosul, remoldados lá, e comercializados novamente no Brasil, diminuindo o passivo ambiental das nações que compõem o Mercosul.

O processo de remoldagem consiste em remover a borracha de carcaças selecionadas. Após esse processo, o pneu é totalmente reconstruído e vulcanizado. Atualmente, países como Uruguai e Paraguai compram as carcaças da Europa e vendem os pneus remoldados no Brasil.

"Lixo europeu"

Os deputados Cezar Schirmer (PMDB-RS) e Dr. Rosinha (PT-PR) e o senador Sérgio Zambiazi (PTB-RS) disseram concordar com a sugestão do Itamaraty.

Para Dr. Rosinha, a melhor solução para o Brasil é proibir "toda e qualquer importação de pneus usados e remoldados". Segundo ele, a negociação com as demais nações do Mercosul precisa levar em conta o prejuízo ambiental da importação do "lixo europeu".

Sérgio Zambiazi ressaltou que a idéia do Itamaraty poderia ser uma forma de desenvolver as economias dos países da América do Sul, sem a importação dos resíduos da Europa. Para Cezar Schirmer, o ideal seria que os países do Mercosul aproveitassem os pneus usados e remoldados produzidos dentro do próprio bloco, o que solucionaria os problemas da economia e do passivo ambiental.

Saúde pública

O Brasil proibiu a importação de pneus usados e remoldados em 1991, sob os argumentos de preocupação com a saúde pública e a preservação ambiental. O Uruguai conseguiu mover uma ação no Tribunal Arbitral do Mercosul e o Brasil passou a importar pneus remoldados do país vizinho em 2002. A estratégia foi seguida pelo Paraguai.

Com a medida, a União Européia entrou com uma representação contra o Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC), alegando a criação de barreira comercial contra o produto europeu. Para a comunidade européia, a abertura é importante como alternativa para destinar os pneus usados.

Problema ambiental

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, os países europeus enfrentam uma série de leis que impedem a disposição de pneus em lugares como aterros sanitários. Além disso, eles justificam que todas as tecnologias usadas para eliminar esses materiais, sem prejudicar o meio ambiente, possuem custos altos.

O julgamento na OMC criou um problema para o Brasil, pois os árbitros consideraram a estratégia brasileira sem eficiência ambiental, uma vez que os pneus continuam entrando no País. Atualmente, uma série de liminares concedidas pela Justiça às empresas que remoldam pneus permitiu a importação de 10 milhões de carcaças usadas da União Européia em 2005. Ao seguir a decisão do Mercosul, o Brasil importou, em 2006, 168 mil pneus remoldados do Uruguai.

De acordo com o Itamaraty, a produção anual de pneus novos no Brasil é de 40 milhões de unidades. A União Européia tem 2,5 bilhões de carcaças espalhadas em seu território, enquanto os Estados Unidos contam 3,5 bilhões de unidades sem destinação.

(Por Cristiane Bernardes, Agência Câmara, 21/02/2008)

 


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -