Uma solução global para o enfrentamento das mudanças climáticas não pode desconsiderar o "direito ao desenvolvimento" reinvidicado por países como Brasil, China e Índia. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (21/02), por meio de videoconferência, pelo presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, durante o fórum dos legislafores do G8 e de mais cinco países de economia emergente. O G8 é formado pelos sete países mais industrializados do mundo, mais a Rússia.
"É preciso que os países ricos compreendam que nenhuma negociação global logrará êxito se os países em desenvolvimento continuarem a perceber nas economias emergentes uma possível ameaça ao desenvolvimento econômico e social", disse Zoellick.
Segundo Zoellick, cabe aos países ricos "exercer uma liderança global" e apoiar políticas de desenvolvimento sustentável nas nações em desenvolvimento, para garantir um "crescimento mais verde" nesses países. Ele disse que o banco, "como cooperativa mundial", está disposto a intermediar a transferência de recursos e tecnologia entre as nações mais industrializadas e os países em desenvolvimento.
"Vamos trabalhar para apoiar pesquisas referentes a políticas sobre mudança climática e desenvolvimento, para a partilha de informações e para estratégias de atenuação e adaptação que sejam efetivas em relação aos custos". De acordo com Zoellick, o banco já tem projetos em andamento no Brasil, China, Índia, Indonésia, México e África do Sul.
A reunião de legisladores do G8 e mais cinco economias emergentes é organizada pela Globe - Organização Mundial de Legisladores para um Ambiente Equilibrado. O objetivo do encontro de parlamentares é elaborar um documento com propostas de enfrentamento das mudanças climáticas a ser levado para a próxima reunião do G8, em julho, no Japão.
(Por Luana Lourenço, Agência Brasil, 21/02/2008)