O primeiro-ministro britânico Gordon Brown sugeriu a criação de um banco independente de carbono na Europa que melhore o funcionamento do comércio de emissões na União Europeia e que ajude a combater o aquecimento global. De visita a Bruxelas, Brown frisou que cabe à UE a liderança da luta contra as alterações climáticas.
Mas o seu discurso incidiu principalmente na sugestão de tornar independente o poder de atribuir licenças de emissão, que agora é detido pela Comissão Europeia. “Defendemos a criação de um mercado independente de emissões de carbono, que emita as licenças de emissão e que estabeleça como este mercado deve funcionar de futuro”, disse Brown numa conferência de imprensa, acompanhado pelo presidente da Comissão Europeia Durão Barroso.
Segundo o primeiro-ministro britânico, esta iniciativa contribuiria para o reforço do mercado de emissões entre os países da UE e “promoveria, a longo prazo, a transparência que estas negociações exigem”. A medida, acrescentou, tem como objectivo preparar o mercado para que um dia países como a Austrália, a Nova Zelândia ou
mesmo os Estados Unidos, fora agora, das negociações, possam vir a integrá-lo. Brown apelou ainda a um consenso internacional entre os estados mais ricos para que, com o apoio do Banco Mundial, financiem o investimento na redução de emissões nos países menos desenvolvidos.
(Reuters,
Ecosfera, 21/02/2008)