Técnicos da Secretaria da Agricultura (Seapa) pretendem concluir, ainda hoje, o levantamento sobre um foco de raiva bovina registrado no município de Muçum. Segundo o coordenador do programa de raiva da Seapa, Nilton Rossato, o caso confirmado em diagnóstico laboratorial ocorreu em uma pequena propriedade de produção leiteira e, como a região fica situada em um vale, a tendência é que o foco não progrida. Além do bovino que morreu na localidade de Linha 28 de Setembro, Rossato disse que outros animais foram agredidos por morcegos hematófagos (transmissores da raiva). Contudo, o coordenador da Seapa salientou que os bovinos não apresentam sintomas da doença.
A área sob observação compreende as propriedades lindeiras à que foi afetada, num raio de cinco quilômetros. 'As equipes já identificaram um refúgio dos morcegos e a prefeitura apóia os trabalhos, que incluem revacinação em 20 dias', adiantou. Rossato apelou aos produtores que tenham informações sobre esconderijos de morcego para que comuniquem às inspetorias veterinárias. 'O que interessa, agora, é saber de onde vêm os animais e para onde vão', explicou.
Conforme o técnico, as pessoas que tiveram contato com o animal contaminado pela raiva bovina estão sob tratamento anti-rábico. O chefe do Departamento de Produção Animal (DPA), Cláudio Dagoberto Bueno, descartou risco de mais problemas com a missão da União Européia em função da descoberta da doença, pois é uma situação pontual e está sob controle. No Uruguai, onde há foco próximo à fronteira com o Brasil, o governo determinou, por segurança, que todo o rebanho bovino do Departamento de Rivera seja imunizado contra a raiva.
(Correio do Povo, 21/02/2008)