A terceira variedade de milho transgênico que recebeu liberação comercial da CTNBio (a BT 11 Syngenta) poderá ter o plantio e a venda autorizados, de forma automática, se não houver contestação. Segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, até ontem à noite, nenhum recurso havia chegado à secretaria da CTNBio. Ele disse que o prazo para recorrer da decisão terminou no dia 16, mas que ainda pode haver algum processo em trâmite não contabilizado pela pasta. O presidente da Abramilho, Odacir Klein, esclareceu que, se o recurso é encaminhado em tempo hábil, o caso segue para o Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS). Contudo, ele destacou que, juridicamente, há possibilidade de a contestação ser rejeitada. 'O conselho pode até não receber o recurso, para evitar perder tempo com matéria já julgada, porque ficou determinado que a competência é da CTNBio', afirmou.
Rezende garantiu que, não havendo contestação, o plantio das variedades Libert Link e MON 810 está definitivamente liberado. Para o presidente da Associação dos Produtores e Comerciantes de Sementes e Mudas do RS (Apassul), Narciso Barison Neto, as liberações de organismos geneticamente modificados deverão se tornar mais freqüentes, o que ele considera um avanço. Ontem, tomaram posse os integrantes da CTNBio para os próximos dois anos. Na primeira reunião do ano, o médico Walter Colli foi reconduzido à presidência da instituição.
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Correio do Povo, 21/02/2008)