O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, assinou nesta quarta-feira (20/02) em Irecê, no oeste da Bahia, convênios com seis entidades civis do estado para a construção de 10 mil cisternas para captação de águas das chuvas. As cisternas deverão ser construídas ainda neste ano.
Segundo o ministro, o programa vai custar R$ 15,l milhões, dos quais R$ 9,2 milhões de recursos federais e R$ 4,9 milhões de contrapartida do estado, como garantiu o governador Jaques Wagner, que acompanhava o ministro.
Por telefone, o ministro Patrus Ananias disse à Radiobrás que os convênios hoje assinados vão beneficiar 60 mil pessoas de 115 municípios baianos, para que possam se integrar ao contingente de produtores rurais do semi-árido nordestino que dispõem do benefício e garantem uma renda melhor para o sustento de suas famílias. O ministro estima que cerca de 1 milhão de pessoas já foram atendidas pelo programa.
De acordo com números do ministério, de 2003 para cá, foram construídas 243 mil cisternas (194 mil com recursos do Ministério do Desenvolvimento Social) nos estados do Nordeste e em Minas Gerais e no Espírito Santo. Os efeitos já se fazem sentir, disse Patrus Ananias. "Podemos afirmar, sem dúvida, que o programa ajuda a melhor convivência das pessoas com a realidade do semi-árido, o que contribui para fixar o homem no campo."
O ministro ressaltou que o programa de cisternas se junta a outras ações de governo, como o programa Bolsa Família e a assistência à agricultura familiar, com o objetivo de transferir renda para a população do meio rural. Ele informou que a cisterna, feita com placas de cimento e capacidade para armazenar 16 mil litros de água, garante água para o consumo humano durante os meses de estiagem, o que "por si só ameniza os efeitos da seca".
O Ministério do Desenvolvimento Social investiu, até final do ano passado, R$ 327 milhões na construção de cisternas no semi-árido nordestino - Patrus Ananias revelou que, neste ano, devem ser investidos de R$ 40 milhões a R$ 50 milhões. Ele explicou que o total depende de definição orçamentária, uma vez que o Orçamento Geral da União ainda está em tramitação no Congresso, com perspectiva de ser votado ainda neste mês.
(Por Stênio Ribeiro, Agência Brasil, 20/02/2008)