Os biocombustíveis brasileiros, em especial o biodiesel, são exemplo de política ambiental com viabilidade econômica e impacto social positivo, na opinião de autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU).
Ontem, primeiro dia do Fórum de Ministros de Meio Ambiente, em Mônaco, o Brasil foi elogiado pelo subsecretário-geral do órgão e diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep), Achim Steiner. Ele disse ver o modelo de exploração do biodiesel como exemplo de inclusão social. 'A estratégia brasileira vai muito além da questão climática', ressaltou. 'O custo de responder ao aquecimento global pode ser convertido em matrizes de desenvolvimento que geram emprego e renda.' Para Steiner, o enfrentamento das mudanças climáticas não deve ser visto como inconveniente para governos e empresários, mas como oportunidade de negócios.
O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, responsável pela delegação brasileira, ficou satisfeito com as menções. 'Steiner reconhece que os biocombustíveis representam ganho ambiental, econômico e social', avaliou, prevendo avanços. 'Ainda temos 200 milhões de km2 em pastagens subutilizadas', lembrou.
Neste ano, a reunião promovida pelo Unep, com ministros, cientistas, empresários e ONGs, discute como financiar políticas que resultem em novo modelo de desenvolvimento mundial: a 'economia verde'.
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Correio do Povo, 21/02/2008)