As críticas de muitos atletas internacionais, como o etíope Haile Gebrselassie, sobre a qualidade do ar na capital da China para as competições de atletismo não farão com que o Comitê Olímpico altere seus planos de realizar todas as provas do programa olímpico em Pequim.
"Não temos planos de celebrar eventos como a maratona em nenhum local fora de Pequim", informou o vice-diretor do departamento de esportes do Comitê, Liu Wenbin, ao diário chinês China Daily.
Liu admitiu que o Comitê chegou a prever dias de descanso no calendário da competição, uma vez que a organização se reserva o direito de realizar ajustes no cronograma em caso de condições climáticas desfavoráveis aos atletas.
"Qualquer decisão de adiar ou cancelar eventos deverá ser tomada em conjunto com o COI (Comitê Olímpico Internacional), as Federações Internacionais, o Comitê e os detentores de direitos televisivos", disse o dirigente.
Apesar de Pequim estar aparentemente conseguindo manter a qualidade do ar, a contaminação continua sendo o principal desafio do Comitê, como comprovou em outubro passado um informativo do Programa da Organização das Nações Unidas (ONU), que considerou como "legítima" a preocupação dos chineses com o assunto.
O presidente do COI, Jacques Rogge, já fez um alerta para a possibilidade de mudar o local de algumas provas para fora de Pequim, em função da má qualidade do ar que poderia pôr em risco a saúde dos atletas.
As autoridades de Pequim, que investiram milhões de dólares em programas que visam o controle da qualidade do ar, estão confiantes de que, nos últimos seis meses que faltam para o início dos Jogos Olímpicos, o ar da capital terá uma melhora substancial nos níveis de poluição.
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UOL, 21/02/2008)