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exploração de petróleo bacia de pelotas petrobras
2008-02-20

Está na Bacia de Pelotas a chance de o Rio Grande do Sul, futuramente, poder explorar petróleo em seu território. Na terça-feira, em Brasília, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou em audiência realizada com a governadora Yeda Crusius a possibilidade da presença de petróleo e gás na região. "Se eu tivesse os royalties do petróleo, não teríamos déficit", disse Yeda, ao destacar a importância do fato para o futuro da economia do Estado.

Segundo ela, a Petrobras já fez a prospecção na Bacia de Pelotas e, agora, dará continuidade à licitação para o levantamento sísmico e a perfuração. O objetivo é sondar a viabilidade econômica da produção nessa área. O projeto que prevê o levantamento dos dados sísmicos pode exigir investimentos entre US$ 10 milhões e US$ 20 milhões, enquanto que a perfuração necessitaria de US$ 30 milhões a US$ 40 milhões. O prazo para exploração é até 2012. Historicamente, a região já recebeu investimentos de cerca de US$ 100 milhões em pesquisas e ainda não se verificou a ocorrência de gás natural ou de petróleo.

A Petrobras adquiriu em 2004, durante a 6ª Rodada da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), um bloco exploratório dividido em seis células, de aproximadamente 3,9 mil quilômetros quadrados.

A falta de interesse pela Bacia de Pelotas na época - a Petrobras foi a única a adquirir o bloco e pagou R$ 600 mil, valor considerado baixo para o setor - levou a ANP a retirar a oferta do mercado, para não correr o risco das outras áreas serem arrematadas por valores muito defasados. Paralelamente a essa decisão, a entidade resolveu fazer investimentos para a realização de mais estudos na área.

Para isso, contratou a Ufrgs para executar um projeto de reprocessamento das linhas sísmicas e uma outra empresa para efetuar uma análise geológica do solo da bacia, a partir do recolhimento de pedras, cascalhos e outros produtos do fundo do mar.

O superintendente de abastecimento da ANP, Edson Silva, acredita que 2009 será um ano de referência para a obtenção de resultados mais consistentes sobre o local. E, a partir daí, os blocos da Bacia de Pelotas poderão voltar em uma próxima rodada. "Não podemos falar em perspectivas precisas, mas há possibilidade da existência de petróleo e gás. Os estudos estão indo por um bom caminho", observa.
O pesquisador do Centro de Estudos de Geologia Costeira e Oceânica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) Elírio Toldo Junior afirma que não é novidade que a região possui condições favoráveis para a existência de petróleo. O que acontece agora é que a Petrobras está dando prioridade para essa área. "A Bacia de Pelotas é a região estratégica no Rio Grande do Sul para uma possível existência de petróleo e gás e, caso isso seja confirmado, será o grande projeto do Estado nesse setor", avalia.

A Bacia de Pelotas é uma área submarina que vai do Sul de Santa Catarina até a fronteira com o Uruguai, passando por toda costa gaúcha. A sua área submarina tem 210 mil quilômetros quadrados, uma extensão maior do que o território do Rio Grande do Sul. O pesquisador explica que essa área submarina vem recebendo acúmulo de sedimentos continentais há milhões de anos, que favorecem o desenvolvimento de depósitos ricos em matérias orgânicas e, ao amadurecerem, formam o petróleo. As condições favoráveis de sedimentação são representadas pelo aporte de materiais trazidos pelos rios Jacuí e Camaquã, além do Rio da Prata.

Outra questão que ainda precisa ser avaliada é a capacidade de produção de materiais orgânicos no passado. Até hoje, foram poucas as perfurações feitas na Bacia de Pelotas e não se constatou a presença de indicadores favoráveis para a concentração de óleo no sedimento. "O pouco que foi perfurado não permite uma avaliação precisa, já que essa área é imensa", diz. Condições semelhantes são encontradas em outros trechos do litoral brasileiro, como nas bacias de Sergipe/Alagoas, Espírito Santo e de Campos, a principal produtora de petróleo brasileira com exploração no oceano.
 
(JC-RS, 20/2/2008)


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