Até o final do ano de 2012, o Brasil vai precisar de três terminais, gigantes, de gás natural liquefeito (GNL). É um anúncio já feito pela Petrobras. Esses entrepostos são necessários para garantir o atendimento da demanda, crescente, por energia, dentro da estratégia de diversificação da matriz e autonomia energética do país – redução da dependência de importações. Já foram definidos dois terminais, um no Ceará e outro no Rio de Janeiro. A localização do terceiro ainda não foi concluída pela Petrobras.
Mas a empresa já emitiu um sinal: o Sul do país, lembrou ontem o presidente da Sulgás, Artur Lorentz. Em Brasília, um estudo da viabilidade da implantação de um terminal de GNL foi encaminhado ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. A outra destinatária será a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Em termos geográficos, proposta da Sulgás é aponta para o município de Rio Grande. Até o final do mês um novo trabalho, mais detalhado, será concluído. A proximidade com Argentina e Uruguai, ambos com falta de gás natural, e o Porto de Rio Grande, ajudam.
Agenda
O trabalho sobre a viabilidade do terminal integra o estudo de alternativas de suprimento de gás natural, uma das metas do Fórum de Infra-Estrutura da Agenda 2020, com o projeto de Suprimento de Gás Natural. Lorentz é voluntário da Agenda e atribuiu a ela a possibilidade de reunião de toda a cadeia do setor.
Menos CO2
De acordo com Lorentz, o gás natural é o combustível fóssil com a menor emissão do terrível CO2 na atmosfera – é um dos principais causadores do efeito estufa. A Agenda 2020 propõe a ampliação da oferta de gás natural para o Estado a partir de investimentos na infra-estrutura de suprimento.
(Correio do Povo, 20/02/2008)