A Petrobras já realizou a prospecção na Bacia de Pelotas. Agora, será feita a licitação para o levantamento sísmico e a pefuração do solo. O trabalho objetiva sondar a viabilidade econômica da produção de petróleo e gás. A governadora Yeda Crusius recebeu essas informações, nessa terça-feira (19/02), do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e do secretário Executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, durante audiência em Brasília. "Se eu tivesse os royalties do petróleo, não teríamos déficit", disse Yeda em entrevista após o encontro, quando destacou a importância do fato para o futuro da economia do RS.
A Bacia de Pelotas tem extensão de 210 mil quilômetros quadrados. Estende-se do sul de Santa Catarina até a fronteira com o Uruguai, abrangendo toda a costa do Rio Grande do Sul. "A Petrobras resolveu que vai fazer as licitações para a prospecção de petróleo na Bacia de Pelotas. Isso depois que forem cassadas todas as liminares. É uma possibilidade para breve, como nos disse o ministro e nos confirmou o diretor Márcio. Há grande perspectiva de ser encontrado petróleo e gás na Bacia. No futuro, vamos ter os royalties do petróleo. Não é para a minha gestão", destacou Yeda.
Grupo de trabalho
Governo do Estado e Ministério de Minas e Energia criarão um grupo de trabalho, a ser integrado também por prefeitos, parlamentares e empresários, para o acompanhamento de toda a agenda do setor energético do RS. "Foram apresentados todos os projetos que possam permitir que o Rio Grande do Sul venha a ser um pólo de energia", disse a governadora. Esses planos envolvem os setores da hidroeletricidade, gás, energia eólica, carvão, biomassa e a Hidrelétrica Binacional de Garabi, no município de Garruchos, na fronteira com a Argentina.
Na área dos investimentos, Yeda anunciou o interesse de uma nova empresa privada, de grande porte, que deverá somar capitais na exploração do parque carbonífero do RS. O Estado, segundo a governadora, tem nas suas imensas jazidas de carvão um diferencial em relação a outros estados. Mas é característica do RS, também, ser uma região específica de ventos. Por esta razão, Yeda propôs ao ministro a criação de um marco regulatório próprio à energia eólica. Ela falou ainda do encaminhamento das propostas de implantação de um terminal de regaseificação da Sulgás.
Garabi
Sobre a Hidrelétrica de Garabi, cuja produção estimada de energia é de 1.860 megawatts (MW), a governadora lembrou ao ministro o interesse da CEEE em participar do empreendimento, que utilizará a bacia do rio Uruguai. "Viemos expor para o ministério todo um plano de desenvolvimento a partir do petróleo, do gás, do carvão, da energia eólica e da energia hidrelétrica. Dependemos do ministério em muitas questões, desde a realização de leilões diferenciados na energia eólica", resumiu Yeda.
Na audiência com o ministro, a governadora ainda tratou do financiamento para o plano de expansão da Companhia Riograndense de Mineração (CRM). São necessários R$ 160 milhões. Uma alternativa é a abertura de capital com participação acionária da Eletrobrás na Companhia. Outra é a concessão de uma linha de crédito especial do BNDES à CRM. À tarde, a discussão sobre programas de desenvolvimento através da energia para o RS teve continuidade, com a participação de técnicos, no Escritório de Representação do Estado em Brasília.
(Ascom Governo do Estado do RS, 19/02/2008)