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desmatamento da amazônia etanol
2008-02-19
O jornal O Estado de S. Paulo trouxe ontem um artigo do mestre José Goldemberg com crítica a "ambientalistas" por levantarem dúvidas e problemas acerca do efeito ambiental de um aumento na fabricação de biocombustíveis (como o álcool de cana ou milho, ou ainda biodiesel de dendê). Goldemberg está certo em dizer que o aumento da produção de etanol de cana não vai necessariamente aumentar o desmatamento na Amazônia e que o problema lá é pecuária, não soja, nem cana nem...

OK, já concordei. Mas faço duas ponderações:

1. Não há garantia alguma de que o aumento da produção de carne bovina se faça pelo aumento de produtividade, liberando os tais 200 milhões de hectares de pastagens que estariam disponíveis para expansão do plantio de grãos e de cana, sem abertura de novas áreas. Seria o ideal, mas o retrospecto brasileiro não permite tanto otimismo. A mata atlântica e o cerrado que o digam. Confiança é bom, mas controle é melhor, dizem os alemães.

2. Nos últimos 10 ou 15 anos, é sobretudo na Amazônia que a pecuária brasileira está crescendo (dados do Imazon). E não é com aumento de produtividade nem ocupando terras degradadas - é com desmatamento, mesmo. Enquanto isso, a soja cresce ocupando pastagens em Mato Grosso, abertas anteriormente. É o que se chama de avanço da fronteira agrícola.

Enquanto não se conceber o problema dinamicamente, continuaremos prisioneiros de um debate falso e uma dicotomia idem, que opõem heróis dos biocombustíveis contra ambientalistas inimigos do progresso. Isso tende a diminuir a repercussão do que dizem e fazem aqueles produtores e militantes mais modernos, que estão quebrando a cuca para descobrir uma maneira de compatibilizar o aproveitamento dessa oportunidade única para o país com a reversão do velho modelo de dilapidação do capital natural. Apostar na polarização é uma roubada.

(Por Marcelo Leite, blog Ciência em Dia, 18/02)

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