Gerente regional da Casan classificou a situação como caóticaO prefeito de Seara, no Oeste do Estado, Edmilson Canale (DEM), decretou situação de emergência devido à falta de água na cidade. O gerente regional da Companhia de Águas e Saneamento (Casan), Marcelo Luiz Cozer, classificou a situação como caótica.
O Rio Caçador, que abastece a cidade, está com apenas 10% da vazão normal. A barragem tem apenas um filete de água e 10 centímetros de lâmina de água. As bombas são desligadas a cada meia hora, durante 15 minutos, para acumular líquido suficiente. A Casan consegue fornecer apenas 30 a 40 mil litros por hora, enquanto o consumo normal da cidade de 17 mil habitantes é de 120 mil litros/hora.
Desde dezembro, a barragem transbordou apenas uma vez. O racionamento iniciou na quarta-feira passada. A cidade foi dividida em duas partes e cada região recebe água 12 horas por dia. Mas cerca de 300 famílias, nas partes mais altas, estão com dificuldade.
— Algumas não recebem água há dois dias — reconheceu Cozer.
Por isso, no final da tarde desta segunda-feira foi instalado um sistema de captação num poço particular para que os bombeiros levem água em um caminhão com capacidade para 8 mil litros.
No interior da cidade, a prefeitura já está levando água para 40 propriedades, a maioria para consumo animal. Dois caminhões estão fazendo o serviço.
Uma das soluções, pelo menos para a zona urbana, seria o poço profundo que foi concluído em 27 de agosto do ano passado. O gerente da Casan informou que apenas uma empresa se habilitou no pregão para compra do sistema de bombeamento de água e num valor de R$ 2,3 milhões, cerca de R$ 600 mil acima do previsto.
Uma das sugestões do prefeito é a instalação de uma bomba provisória, para atender a cidade durante o período de estiagem, até a aquisição do equipamento definitivo.
(Darci Debona,
Diário Catarinense, 19/02/2008)